Fernando Diniz, técnico do Fluminense, foi elogiado por site de jornal da Suécia
O encanto pelo “Dinizismo” parece ter atravessado o Oceano Atlântico rumo à Europa. Depois de ter arrancado elogios dos argentinos na partida do Fluminense contra o River Plate, pela terceira rodada Libertadores, o sistema do técnico Fernando Diniz fez os olhos dos suecos brilharem.
O treinador do Fluminense foi citado pelo site do jornal Dagens Nyheter como um dos profissionais que está mudando a forma de jogar futebol como conhecemos. A publicação cita também outros exemplos, como o Napoli, atual campeão italiano, o Real Madrid, a seleção da Argentina e o Malmö FF, time que lidera a tabela do campeonato sueco.
O técnico Henrik Rydstrom e seu auxiliar Theodor Olsson, ambos do clube da Suécia, chamam o estilo de jogo de relacionismo, termo cunhado pelo escocês Jamie Hamilton, técnico do Sub-16 do Ayr United, que disputa a segunda divisão da Escócia. Hamilton, aliás, já havia elogiado o trabalho de Diniz em uma entrevista ao site “ge”, em março deste ano.
Questionado sobre as influências da forma de jogar do Malmö, Olsson contou à reportagem do Dagens Nyheter que deseja que a partida seja mais do que o resultado e que o time expresse algo para a torcida sentir. Ele também citou a forma com a qual Vincent Van Gogh pintava seus quadros.
— Quando as pessoas vêm assistir ao nosso jogo, vejo como se estivessem vindo para a nossa estreia, e o jogo no campo é a tela que pintamos durante a semana - afirmou o auxiliar.
O profissional diz que tem dificuldade de dizer qual é o esquema tático da equipe, porque eles procuram uma maneira de jogar mais flexível e dinâmica.
Segundo a publicação, o relacionismo é visto como uma reação ao chamado jogo posicional, que dominou o futebol por tanto tempo. Pep Guardiola e Jürgen Klopp são citados como exemplos dessa forma de jogar o esporte. Apesar de terem estilos diferentes, os dois organizam seus jogadores em padrões predeterminados.
O site diz que Fernando Diniz é o representante mais claro desse novo modo de jogar, que tem suas raízes no futebol dos anos 80 da América do Sul.
— No novo jogo, os jogadores estão mais livres para expressar seus sentimentos e características, para pensar e criar a partir da própria situação. O ponto de partida é onde a bola está em vez de como as superfícies do campo são controladas - diz a publicação.