As semifinais da Copa Libertadores não serão totalmente dominadas por clubes brasileiros. O Fluminense empatou por 1 a 1 com o Barcelona de Guayaquil no Equador, na noite desta quinta-feira, no Estádio Monumental, e foi eliminado. O time carioca precisava de um triunfo ou igualdade por mais de três gols para avançar, teve bons momentos em campo, mas não conseguiu vencer. Mastriani fez para os equatorianos e Fred empatou de pênalti no último minuto. Era tarde para o a equipe carioca buscar uma virada sobre o adversário equatoriano, que será o "intruso" entre os semifinalistas brasileiros e tenta seu primeiro título continental, depois de ser vice duas vezes, uma delas para o Vasco.
Embora o Fluminense não tenha garantido sua vaga, as semifinais desta edição da Libertadores reúnem três brasileiros, algo inédito e histórico. Responsável por impedir um Fla-Flu inédito, o Barcelona de Guayaquil vai enfrentar o Flamengo e, do outro lado da chave, Palmeiras e Atlético medem forças. Os jogos de ida e volta serão no fim de setembro, nas semanas dos dias 22 e 28. A grande final será em Montevidéu, no Uruguai, e está marcada para 27 de novembro.
O JOGO
O JOGO
Como empatou por 2 a 2 o jogo de ida no Maracanã, semana passada, o Fluminense entrou em campo com a obrigação de vencer ou empatar por três ou mais gols. Mandou no primeiro tempo, mas não foi efetivo o suficiente para incomodar o rival e sair de campo com a vitória. Na etapa final, Roger Machado demorou demais para mexer e a equipe do Equador jogou à vontade até ir às redes. O Flu arrancou o empate em um lance fortuito, uma penalidade cometida em Luccas Claro, mas já não havia mais tempo Ao menos, Fred converteu a cobrança, chegou à marca de 25 gols em Libertadores e se tornou ao lado de Palhinha o segundo maior artilheiro brasileiro da competição. Os dois estão atrás somente de Luizão (29).
O Fluminense fez o melhor de suas primeiras etapas em um bom tempo. Subiu a linha de marcação, teve mais de 70% de posse de bola e dominou o jogo. No entanto, falhou no ataque. Embora tenha crido três boas chances, o time tricolor, escalado por Roger Machado com três jovens volantes - André, Martinelli e Yago Felipe - e Ganso como armador, foi pouco incisivo ofensivamente. Sentiu falta de Gabriel Teixeira e Caio Paulista, machucados.
Luiz Henrique jogou mais perto da área ao lado de Fred e foi de seus pés que saiu o primeiro lance de perigo. O jovem atacante recebeu na entrada da área e disparou um chute forte que saiu por cima do gol. Ganso e Samuel Xavier chegaram ainda mais perto de marcar.
O meio-campista levou perigo em uma bonita bicicleta que obrigou boa defesa de Burrai. Na queda depois da finalização, Ganso machucou o punho e teve de ser substituído por Cazares. Saiu muito frustrado, com suspeita de fratura no local, e fez falta à equipe. Samuel Xavier, no fim da primeira etapa, infiltrou na área e só não marcou porque Burrai salvou os equatorianos.
O Barcelona levou algum perigo em contragolpes. Em um dos poucos que encaixou, assustou em com Perlaza em cabeceio para fora. Na etapa final, os equatorianos, porém, ajustaram a marcação e controlaram o jogo. Limitaram os ataques do Fluminense e acharam espaços no meio da defesa rival.
Hoyos entrou aos 18 minutos e aos 27 deu a assistência para Mastriani marcar o gol da classificação. E foi uma belíssima assistência. Ele viu a movimentação do atacante e tocou por elevação. Mastriani dominou bonito e bateu na saída de Marcos Felipe: 1 a 0.
Em busca de um milagre àquela altura, Roger Machado lançou mão de Nenê e Abel Hernández, mas o time não melhorou. Pelo contrário, não fez mais do que "treinar" a zaga adversária ao tentar insistentemente lançar a bola para a área em cruzamentos ruins. Os anfitriões ficaram confortáveis em campo e só levaram um susto nos acréscimos, no último minuto, quando Riveros cometeu pênalti em Luccas Claro assinalado pelo árbitro com o auxílio do VAR. Fred converteu e empatou: 1 a 1. Mas o árbitro soprou o apito na sequência. Fim da trajetória do Fluminense nesta Libertadores. Não haverá Fla-Flu na semifinal.
BARCELONA DE GUAYAQUIL 1 x 1 FLUMINENSE
BARCELONA DE GUAYAQUIL
Javier Burrai; Byron Castillo, Luis Fernando León, Williams Riveros, Mario Pineida; Bruno Piñatares, Nixon Molina (Carcelén), Jonathan Perlaza (Hoyos), Adonis Preciado (Montaño); Damián Díaz e Gonzalo Mastriani
Técnico: Fabián Bustos
Javier Burrai; Byron Castillo, Luis Fernando León, Williams Riveros, Mario Pineida; Bruno Piñatares, Nixon Molina (Carcelén), Jonathan Perlaza (Hoyos), Adonis Preciado (Montaño); Damián Díaz e Gonzalo Mastriani
Técnico: Fabián Bustos
FLUMINENSE
Marcos Felipe; Samuel Xavier, Nino, Luccas Claro e Egídio; André, Martinelli (Nenê), Yago Felipe (Kayky) e Paulo Henrique Ganso (Cazares); Luiz Henrique (Abel Hernández) e Fred
Técnico: Roger Machado
Local: Estádio Monumental, em Guayaquil, no Equador
Data: quinta-feira, 19 de agosto
Árbitro: Esteban Ostojich (Uruguai)
Marcos Felipe; Samuel Xavier, Nino, Luccas Claro e Egídio; André, Martinelli (Nenê), Yago Felipe (Kayky) e Paulo Henrique Ganso (Cazares); Luiz Henrique (Abel Hernández) e Fred
Técnico: Roger Machado
Local: Estádio Monumental, em Guayaquil, no Equador
Data: quinta-feira, 19 de agosto
Árbitro: Esteban Ostojich (Uruguai)
GOLS: Mastriani, aos 27, e Fred (pênalti), aos 52min do 2ºT
Cartões amarelos: Martinelli, Perlaza, Nenê, André, Damián Díaz, Cortez, Riveros
Cartões amarelos: Martinelli, Perlaza, Nenê, André, Damián Díaz, Cortez, Riveros