Para enfrentar a situação imposta pela pandemia, o clube foi um dos primeiros a tentar um acordo com o elenco para reduzir despesas. Sem receitas de bilheteria e direitos de TV, não restou outra saída. Após o acordo noticiado na última semana, o presidente Mário Bittencourt fez muitos elogios ao grupo. Segundo ele, os jogadores se mostraram unidos e tiveram compreensão com a realidade do time.
"O nosso grupo de jogadores é muito unido, de caráter. É um dos grupos que eu já trabalhei que tem uma capacidade de entendimento, de horas difíceis muito grandes. Acredito que estão vendo o nosso esforço para tentar deixar tudo minimamente possível. Neste momento, até clubes que têm situações melhores estão com dificuldades", ressaltou Bittencourt em entrevista ao Esporte Interativo no último sábado.
O dirigente aproveitou para dar detalhes do que foi acordado. "Os jogadores aceitaram redução salarial em março e parte dos salários que têm a receber. Em abril, como são férias, eu não tive nem coragem de pedir a redução. Ficou combinado de pagarmos 50% agora e 50% no fim do ano. Em maio, independente se voltar o futebol ou não, reduziram 25% dos salários", disse o presidente.
"A partir de junho, deixamos uma cláusula que, se os jogos voltarem com ou sem portões abertos, a gente paga 100%. Mas tem uma cláusula para se rediscutir, caso não volte. A única cláusula que a gente tem e que realmente tinha que ter para protegê-los é que, se não conseguirmos quitar tudo referente ao ano de 2020 até o final de dezembro, passam a ter de volta tudo o que renunciaram", completou.
O elenco do Fluminense, assim como os dos demais clubes da série A do Brasileirão, está de férias coletivas até o dia 30 de abril. O retorno após esta data, entretanto, não está confirmado.