O técnico Vitor Pereira, do Flamengo, criticou a arbitragem na derrota para o Al-Hilal, nesta terça-feira (7), que culminou na eliminação do Mundial de Clubes, e disse que sua equipe seria vencedora sem a expulsão de Gerson.
"Nós nos preparamos para este adversário, estudamos eles. O que não nos preparamos foi para um arbitragem que, do meu ponto de vista, não foi ajustada para este nível de competição. Desde o primeiro minuto, o árbitro foi condicionante na amostragem dos amarelos com falta de critério. Foi uma arbitragem provocatória, que enervou a equipe", disse o treinador.
"Foram muitas paradas e houve uma permissividade com as paradas, mas isso não explica tudo. No 1° tempo, pelo que me lembro, eles chegaram duas vezes com os dois pênaltis. No 11 contra 11, fomos muito mais time e propomos o jogo, mas não conseguimos traduzir em gols. No 2° tempo, com um a menos, para mim não existiu apatia. Jogar com um a menos não é fácil, ainda mais estando em desvantagem no marcador."
Sobre o desempenho do adversário, o treinador disse que não viu o Al-Hilal no primeiro tempo. "Nós propomos o jogo e tentamos de diferentes maneiras. Não me lembro de o Hilal ter feito nada de especial no 1° tempo, com exceção do pênalti que conseguiu. No 2° tempo, de fato, com um jogador a menos, é mais difícil achar os espaços na hora certa", afirmou.
O treinador disse que o Flamengo, por sua vez, trabalhou bem. "Hoje, para mim, foi um jogo diferente. É um jogo que tem que ser explicado... eu não vou falar mais da arbitragem, mas foi muito condicionado. [A arbitragem condicionou] uma equipe que começou a ser carregada com amarelos nos seus jogadores fundamentais e que precisa de uma reação forte após a perda de bola e não pode fazer faltas. No 2° tempo, foi um outro jogo, a equipe tinha um a menos e tentou o empate", disse.
Ele afirmou ainda que a expulsão de Gerson desequilibrou o confronto. "Naturalmente, isso desequilibra e não temos a possibilidade de ter tanto a bola. Jogamos 11 contra 10 e isso não é a mesma coisa. Estou convencido que, com 11 contra 11, sairíamos vencedores. Eu não posso explicar este jogo, já fizemos alguns bons jogos e estamos em um processo de evolução."
O treinador comentou ainda a substituição de Arrascaeta. "Eu nunca tiraria o Arrascaeta no intervalo, isso está fora de questão, mas a equipe tem propensão ofensiva e ficou sem um jogador. Em alguns momentos, a equipe se desequilibra defensivamente. Os jogadores que equilibram o time defensivamente são o Gerson e o Thiago Maia e eles sustentam quem tem criatividade, como Arrascaeta, Éverton, Pedro e Gabigol, além dos dois laterais. No intervalo, com um a menos e com o resultado adverso, o treinador tem que tomar decisões, e elas são sempre discutíveis. Tive que optar por uma equipe viva no campo ou então iria para o desequilíbrio total só com o Thiago Maia no meio. Neste caso, poderíamos levar mais um, dois ou três. Não foi minha vontade tirar o Arrascaeta. Entre os quatro, tive que optar por um deles. Se eu tirasse o Gabigol, o que vocês estariam perguntando? Optei pelo Arrascaeta porque o Éverton consegue equilibrar um pouco mais a equipe. Foi uma decisão muito difícil."
Ele ainda justificou as opções por Matheuzinho e Ayrton Lucas com base no critério de agilidade. "São jogadores rápidos e nós enfrentaríamos jogadores rápidos nos corredores.
Eles conseguem dar profundidade ao jogo e repor defensivamente de maneira rápida. Optei pelos dois porque pensei que o jogo exigia isso. Gostei dos dois, com exceção do pênalti que aconteceu no início do jogo."