"Eu era um líder no Flamengo. Não me deixaram voltar porque o departamento de futebol ficaria mais forte. Quem perde é o Flamengo. Porque todos nós trabalhamos em prol do Flamengo, para ajudar o Flamengo", afirmou, em entrevista ao SporTV.
E foi além. "Marcos Braz (vice-presidente de futebol) e Bruno Spindel (diretor executivo de futebol) fizeram de tudo para que eu voltasse ao Flamengo. Eles fizeram umas 30 reuniões. Brigaram por mim. Eles me falaram: 'Rafinha, você não está sendo contratado por questões financeiras. São outros problemas'."
O Flamengo optou pelo "não houve acordo financeiro" para finalizar as tratativas, mas Rafinha rebateu. "Não foi por dinheiro. Eu flexibilizei ao máximo, aceitei receber parte do dinheiro em 2022", revelou. "Não voltei porque pessoas não me queriam. Foi guerra política e paguei o pato. Essas pessoas deveriam se preocupar com os deveres dentro do clube. Eu não podia pagar a conta", disparou.
A saída de Rafinha após as conquistas de 2019 teria deixado alguns conselheiros e dirigentes revoltados e seria um dos empecilhos para sua volta. Ele justifica que pensou na família ao pedir para sair, na época.
"Não posso ser hipócrita. Eu saí do Flamengo porque recebi uma proposta para ganhar três vezes mais. Eu tenho família, três filhos para criar e 50 pessoas que carrego nas costas. Com 34 anos, eu não poderia perder essa oportunidade. Eu fui porque eu quis", admitiu.
Aproveitou para apagar de vez a intenção de voltar ao clube. "A partir de hoje, virei a chave. Meus representantes estão liberados para buscar um novo clube. Quero jogar em um clube que tenha um projeto legal", disse. "Não negociei com ninguém até agora. Eu estava há 35 dias esperando o Flamengo decidir."