Em meio à mancha por participar da campanha da queda inédita à segunda divisão, o novo treinador do Vasco cogitou pleitear premiações pelos títulos do Flamengo em 2019. Ele comandou o rubro-negro até 29 de maio, quando pediu demissão em função do desgaste provocado pelas constantes críticas ao seu trabalho. O português Jorge Jesus entrou em seu lugar, deu padrão de jogo à equipe e caiu nas graças dos torcedores.
A informação foi publicada pelo jornal Extra, do Rio de Janeiro. O próprio Abel, em entrevista à Rádio Grenal, do Rio Grande do Sul, considerou-se merecedor das bonificações, pois participou da montagem do grupo e treinou o Fla na fase de grupos da Copa Libertadores e até a sexta rodada do Brasileiro (três vitórias, um empate e duas derrotas).
“Eu tinha direito a algumas bonificações em cima do que fosse conquistado. Se eu participei de alguns jogos e conquistaram o título no final, mereço a minha porcentagem. O advogado falou que eu teria direito, mas não estou preocupado com isso agora. Deixamos isso pra depois. Estou preocupado com o Natal. Gostam muito de falar de mim”, disse.
“Disputamos a Floripa Cup e vencemos sobre o Ajax. Ganhamos o Carioca. Classificamos em primeiro na Libertadores, algo que não acontecia há 11 anos. Na Copa do Brasil, deixei o confronto com o Corinthians encaminhado”, acrescentou.
Abel bateu na tecla das indicações do zagueiro Rodrigo Caio e do atacante Bruno Henrique - este último vice-artilheiro do Flamengo em 2019, com 35 gols em 64 jogos. “Mereço aquilo que trabalhei. Banquei as permanências de Diego Alves e Arão. Insisti pela contratação do Rodrigo Caio. Pedi o Bruno Henrique. Depois que saí, foram contratados mais quatro titulares”.
Nas redes sociais, Abel recebeu enxurrada de críticas de flamenguistas e até mesmo torcedores de outras equipes, que viam a declaração dele como oportunismo no sucesso obtido por Jorge Jesus. Avisado da repercussão, o técnico vascaíno mudou de ideia e não processará o clube, segundo publicou o jornalista Cosme Rímoli, no portal R7.