A alegria do título do Flamengo na Libertadores terminou com uma grande decepção. Na celebração realizada no Centro do Rio de Janeiro, uma grande confusão entre policiais e torcedores começou a partir do momento em que o trio elétrico com os campeões deixou a Avenida Presidente Vargas.
O clima tenso teria surgido a partir do momento em que os policiais começaram a evitar que torcedores fossem atrás do trio que se locomovia. Desta forma, brigas, pedras e depredações foram acompanhadas nas ruas da cidade. Os policiais usaram a força e bombas de efeito moral para dispersar parte da massa.
A confusão foi grande desde o início da chegada dos campeões. Com três horas de carreata, o trio não tinha percorrido a metade dos 2,5 km do percurso previsto. Havia muita dificuldade para controlar a massa de torcedores.
CARNAVAL ANTECIPADO
. CARNAVAL ANTECIPADO
Centenas de milhares de flamenguistas se aglomeraram na Avenida Presidente Vargas para receber o Flamengo campeão da Copa Libertadores. O time chegou ao Rio de Janeiro no fim da manhã, menos de 24 horas após derrotar o argentino River Plate de forma épica em Lima, no Peru, e foi direto ao encontro do seu extasiado torcedor.
O atacante Gabriel, autor de dois gols na decisão e artilheiro da Libertadores, foi de certa forma também o mestre de cerimônias extraoficial da festa rubro-negra. Mesmo com todo o elenco em cima de um trio elétrico, foi o atacante quem mais se dispôs a empunhar o microfone e inflamar a torcida, principalmente repetindo os cânticos comuns nas arquibancadas do Maracanã.
Gabigol comandou o agito ao lado dos companheiros no trio elétrico - Foto: Carl de Souza/AFP
Sobrou também provocação para os rivais, mesmo de outros estados, como quando o Gabigol falou que "o Palmeiras não tem Mundial". A fala fez o torcedor rubro-negro vibrar - o time paulista é o principal rival do Fla no Brasileirão nestes últimos anos.
A festa pela conquista da Copa Libertadores iniciou pouco antes das 13h, com três horas de atraso ao que estava previsto. O avião fretado que trouxe a delegação do Flamengo teve escolta de caças da Força Aérea Brasileira (FAB) ao chegar ao Rio, e pousou às 11h no aeroporto do Galeão. O elenco só deixou o local uma hora depois.
O trajeto entre o aeroporto e o Centro da cidade foi rápido, graças a um forte esquema de segurança. Motociclistas com camisas e bandeiras do Flamengo que seguiam logo atrás do comboio, porém, trataram de garantir que o percurso de 15 quilômetros fosse também de festas. À beira da via ou em cima de viadutos, centenas de pessoas gritavam pelo time.