De acordo com os órgãos, "os valores apresentados pelo clube estão aquém daquilo que as instituições entendem como minimamente razoável diante da enorme perda das famílias e demais envolvidos". O Flamengo ainda não se manifestou oficialmente sobre o fim das conversas.
O Ministério Público e a Defensoria têm reunião marcada com as famílias para esta quarta-feira. A expectativa era apresentar valores para fechar o acordo, o que não será mais possível.
De acordo com o comunicado, diante do impasse, os famílias vão receber orientações para buscar reparação pelas perdas do incêndio no Ninho do Urubu. Ainda de acordo com o comunicado, a recusa do Flamengo foi informada por meio de ligação telefônica às 19h desta terça-feira.
As instituições e o Flamengo haviam se reunido na última segunda, quando o clube recebeu uma proposta de indenização e apresentou a sua. Um incêndio deixou dez mortos, no CT do Flamengo, em Vargem Grande, zona oeste do Rio.
Boate Kiss
O Flamengo afirmou ter oferecido um valor de indenização acima dos padrões e vítimas em situações semelhantes e citou o incêndio na boate Kiss, ocorrido em 2013, em Santa Maria, no interior do Rio Grande do Sul, para tentar referendar a sua argumentação.
Por meio de nota oficial, o Flamengo informa que "teve o cuidado de oferecer valores maiores dos que estão sendo estipulados em casos similares, como, por exemplo, o incêndio da boate Kiss, ocorrido em 2013". O clube ressalta que "até hoje, vale lembrar, famílias não receberam a indenização".
Outro trecho do documento diz que "a atuação do Flamengo, no Brasil, é praticamente inédita, até onde se tem notícia". Por fim, o clube afirmou que instaurar um procedimento de mediação. "Diante disso, o Flamengo reitera o propósito de se antecipar e informa que vai instaurar procedimento de mediação no Núcleo de Mediação do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, coordenado pelo Desembargador Cesar Cury, e para o qual convidará as famílias - e deixando claro que as autoridades também serão convidadas", finaliza a nota.
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