Presente no encontro desta sexta, o vice-jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee, não respondeu se acatará a determinação. A gestão anterior não acatou. O cartola demonstrou incômodo com questionamentos dos repórteres e abandonou a coletiva de imprensa convocada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) para tratar do incêndio da semana passada. Momentos antes, em reunião com representantes do MP-RJ, Prefeitura do Rio e outros órgãos de fiscalização, o Flamengo havia sido informado que a prefeitura iria refazer a ordem de interdição ao Ninho do Urubu.
Dunshee respondia sobre o porquê de o clube não ter atendido a uma primeira ordem de interdição ao CT, imposta pelo Município em 2017. Primeiro, ele alegou que assumira o departamento jurídico do Flamengo apenas recentemente. Depois, disse que a ordem de interdição de 2017 era passível de questionamentos.
Os repórteres então questionaram se o clube iria atender à nova ordem de interdição imposta pela Prefeitura do Rio, informada por representantes do Município na reunião realizada momentos antes. Foi quando Dunshee se levantou, virou as costas e deixou o auditório da sede do MP.
Representantes do MP-RJ confirmaram que a administração municipal decretou a interdição do CT - trata-se de uma punição administrativa, que não têm força de decisão judicial. A vistoria realizada por diversos órgãos do Estado e do Município do Rio na última terça-feira identificou irregularidades no CT do Flamengo. Três quadros de luz foram interditados e foi constatado também problemas "de ordem sanitária".
Todos as questões que estavam em situação de desconformidade perante as normas da legislação trabalhista estavam em áreas dedicadas à base ou a funcionários do clube. "A área dedicada aos (jogadores) profissionais estava em condições muito melhores", pontuou o superintendente regional do Trabalho no Estado do Rio de Janeiro, Alex Bolsas..