Logo após o gol do Fortaleza, boa parte dos torcedores da Raposa presentes no Mineirão passaram a cantar “Time pipoqueiro, tem que ter raça pra jogar no meu Cruzeiro”. Alguns jogadores, como Lucas Oliveira e Rafael Cabral, foram alvos de vaias direcionadas pela torcida celeste.
Mas o que levou a torcida do Cruzeiro a chegar nesse ponto, visto que em outras oportunidades na temporada, abraçou o time mesmo em momentos adversos? O Supersportes tentou entender.
Sequência de maus resultados
Após um início positivo no Brasileirão, o Cruzeiro entrou numa sequência interminável de maus resultados. O time celeste está a mais de um mês sem vencer e vai caindo, aos poucos, na tabela. Apesar dos cruzeirenses entenderem o momento do time, que não consegue competir financeiramente com parte de seus rivais, ficar tanto tempo sem comemorar triunfos gera desgaste e irritação.
Fortaleza abre o placar e torcida perde a paciência. Gritos de "time pipoqueiro" e vaias passam a ser ouvidos no Mineirão.@SuperesportesMG pic.twitter.com/0JvBEPGOly
— Maic Costa (@omaiccosta) June 21, 2023
Queda no desempenho
Em alguns momentos, mesmo quando o resultado não apareceu, o Cruzeiro jogou bem. Mas isso tem se perdido e especialmente contra o Fortaleza, o time celeste jogou mal e não conseguiu empolgar. Erros técnicos e nas tomadas de decisão também contribuem com a insatisfação dos torcedores, que chiam a cada bola perdida.
Poucos gols
O gol é o grande momento do futebol e os cruzeirenses não estão conseguindo sentir essa alegria. Nos últimos sete jogos, somente quatro gols foram marcados, em três partidas diferentes.
O Cruzeiro tem tido dificuldade de fazer gols e muitas vezes perde chances claras. Seus dois centroavantes, Gilberto e Henrique Dourado, vivem péssima fase e isso atrapalha ainda mais, pois chances claras tem sido perdidas em diversos jogos.
Estar tão perto de marcar, mas no fim o filme de erros e mais erros sempre se repetir, gera frustração. E esse sentimento acaba sendo devolvido para os jogadores que cometem esses erros.
Falhas defensivas
Além de não conseguir marcar gols, o Cruzeiro propicia que seus adversários balancem sua rede. E em algumas oportunidades, isso acontece após falhas defensivas, incluindo em ocasiões nas quais o time celeste controlava a partida e acabou sofrendo gols “bobos”.
O mau momento na defesa anda junto com a sequência sem vencer. Nos sete jogos de jejum do Cruzeiro, o time sofreu gols em todos. Quando o sistema defensivo celeste se acertou, os resultados vieram.
Problemas repetidos
O último ponto é uma espécie de compilação, visto que todos os problemas citados anteriormente não são inéditos. A cada tropeço, promessas de melhora foram feitas, mas as mesmas questões se repetem sistematicamente.
Num primeiro momento, a torcida celeste abraçou a narrativa, mas a cada dia a paciência tem diminuído. Os protestos durante a partida contra o Fortaleza foram os mais fortes nos últimos tempos e, por isso, Pepa sabe que o time precisa voltar aos trilhos o mais rápido possível, ou a pressão seguirá aumentando, o que será ruim para todos os lados.