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Pedro Lourenço tentou comprar metade da SAF do Cruzeiro; entenda

Fenômeno não queria deixar de ser o dono do clube-empresa e por isso recusou a oferta de venda de 45% das ações feita pelo empresário cruzeirense

12/05/2023 16:30
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Pedrinho e Ronaldo mantém parceria em prol do Cruzeiro
foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press

Pedrinho e Ronaldo mantém parceria em prol do Cruzeiro

Dono da rede Supermercados BH, Pedro Lourenço demonstrou interesse em comprar metade das ações da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Cruzeiro no ano passado, mas teve proposta recusada pelo sócio majoritário Ronaldo Nazário. A intenção do patrocinador da Raposa foi revelada no último episódio da série documental "A virada". 

Segundo Pedrinho, o Fenômeno não queria deixar de ser o dono do clube-empresa e por isso recusou a oferta de venda de 45% das ações. "Até brinquei com ele: você comprou 90%. Te compro a metade. Ele disse: "Aí não, quero ter a maioria'. Então nós vamos conversando", afirmou. 

Em outro trecho da entrevista ao documentário, Lourenço disse que não conseguiria administrar sozinho um time tão grande como o Cruzeiro. A ajuda de Ronaldo continuaria sendo primordial para o sucesso da gestão da equipe estrelada. 

"Se eu tiver que vender dez lojas para o Cruzeiro não cair, e tiver que pagar, eu faria. Eu sempre falava isso. Só que, no futebol, não adianta eu administrar minha empresa bem, e um clube de futebol é diferente. Então, eu não tenho esse gabarito todo para dirigir um time de futebol, um clube do tamanho do Cruzeiro, do tamanho da expectativa", completou.

Cláusula de segurança da SAF


Pedrinho não poderia assumir a SAF celeste nem mesmo se quisesse. Isso porque, em dezembro de 2021, Ronaldo assinou um contrato que o obriga a assumir o controle do clube-empresa por cinco anos - a cláusula está prevista na lei das SAFs brasileiras. 

Pedrinho investiu milhões na SAF


Como apurado pelo Superesportes em março deste ano, Lourenço investiu R$ 100 milhões na SAF do Cruzeiro. Desse montante, R$ 70 milhões serão utilizados exclusivamente para necessidades urgentes do clube. 

Os outros R$ 30 milhões estão diretamente relacionados à dívida que a associação civil tem com o dono da rede varejista. O empresário propôs o 'perdão' da incumbência listada no processo de Recuperação Judicial do clube para avançar no negócio com Ronaldo. 
 
Essa operação foi uma espécie de empréstimo financeiro com garantias: debêntures conversíveis. Ou seja, Pedrinho poderá adquirir um percentual do clube-empresa no futuro.  

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