"A gente tem um menino de 15 anos, que o apelido é Messinho, mas o nome é Estevão, que o Palmeiras tem 40 milhões de euros (de uma proposta) na mesa (cerca de R$ 220 milhões). E a gente já negou 30 (milhões de euros), já negou 35 (milhões de euros)", disse.
Embora Joao Paulo não tenha revelado o interessado, as notícias dão conta que trata-se de uma investida do Paris Saint-Germain, da França, equipe dos astros Messi, Neymar e Mbappé. Barcelona e Arsenal seriam outros clubes atentos ao possível negócio.
Nesta temporada, Messinho disputou 34 partidas no sub-17 do Palmeiras e marcou 23 gols. Sua melhor média foi no Campeonato Paulista da categoria, quando balançou as redes adversárias 11 vezes em 16 jogos.
Mesmo com a pouca idade, Estevão foi inscrito pelo Palmeiras para disputar a Copa São Paulo de Futebol Júnior, principal competição do calendário sub-20. O torneio começará no próximo dia 3.
Litígio com o Cruzeiro
Estevão ganhou o apelido de Messinho na base do Cruzeiro. Ele foi o pivô de um dos escândalos envolvendo a gestão do ex-presidente Wagner Pires de Sá. O jovem atacante deixou a Raposa em maio de 2021 e assinou um contrato de formação com o Palmeiras.
Ivo Gonçalves, pai de Estevão, recebia remuneração de R$10 mil mensais no Cruzeiro. Depois, o salário aumentou. Entre junho de 2018 e abril de 2019, Ivo embolsou R$102 mil. Ele processa o Cruzeiro na Justiça do Trabalho.
Por outro lado, Ivo Gonçalves é réu em processo criminal que envolve supostas irregularidades no Cruzeiro. O pai de Estevão foi indiciado por crime de falsidade ideológica.
Entenda o caso
Estevão foi um dos temas de reportagem exibida pelo Fantástico, da TV Globo, em maio de 2019. Na ocasião, a emissora revelou que o Cruzeiro, então administrado por Pires de Sá, cedeu 20% dos direitos econômicos da criança como garantia de empréstimo obtido com o empresário Cristiano Richard dos Santos Machado.
A comercialização dos direitos econômicos da criança não poderia ter sido concretizada. Inicialmente, porque a Fifa determinou, em 2015, que apenas clubes e jogadores podem ter partes de direitos econômicos.
Depois, porque revelações só podem assinar contratos profissionais com os clubes a partir dos 16 anos. Até lá, só existe o contrato de formação, sem direitos federativos e econômicos.
Mesmo após a repercussão extremamente negativa sobre a comercialização desses 'direitos', o Cruzeiro voltou a negociar, em 1º de junho de 2019, outros 15% do 'passe' da criança. A transação foi feita com o Estrela Sports Ltda, do então conselheiro Fernando Ribeiro de Morais.