Ronaldo projeta ações do Cruzeiro no mercado: 'Gastar melhor e menos'

Com acesso à elite e o título da Série B confirmados, o Cruzeiro já trabalha nos bastidores para manter suas principais peças e se reforçar para 2023. O plano dos gestores da SAF é montar um time para ficar entre os 12 primeiros na Série A. Em entrevista à Revista Forbes, Ronaldo assegurou que o clube não fará loucuras.

"Óbvio que vamos precisar investir para ter um time mais competitivo. A Série A é bem mais difícil. Mas vamos fazer isso dentro de um modelo de gestão responsável e eficiente. Quando chegamos, o cenário era absolutamente caótico. Viemos para mostrar que é possível gastar melhor e menos para alcançar os mesmos objetivos", disse o Fenômeno à versão brasileira da revista.

"Quero mostrar que o futebol no Brasil não precisa ser sempre esse universo de supervalorização e dívidas sem fim", acrescentou.

Um representante da Forbes participou de uma reunião geral promovida por Ronaldo em Belo Horizonte no dia 21 de setembro. Estavam presentes os diretores da SAF, quatro dos sete integrantes do novo Conselho Consultivo e a consultoria Bain & Company.

Segundo dados revelados pela revista, o custo fixo do elenco na Série B é de R$ 40 milhões. Isso representa uma folha mensal de R$ 3,07 milhões com o futebol.

Na Série A, o Cruzeiro terá que aumentar o investimento. Mas Ronaldo prega pés no chão. "Comigo e com meu time à frente, a torcida e o mercado não verão um Cruzeiro irresponsável nunca mais".

"Queremos ser diferentes, então precisamos planejar todos os passos e fazer de forma também diferente. Reunimos pessoas brilhantes em um conselho consultivo, para fazer do Cruzeiro um clube especial e que volte à Série A como protagonista. Temos tudo na mão para fazer um projeto espetacular", disse o sócio majoritário da SAF à Forbes.

O faturamento do Cruzeiro nesta temporada ficará entre R$ 160 milhões e R$ 180 milhões. Para 2023, a previsão da SAF é chegar a R$ 212 milhões.

Como prevê a lei da Sociedade Anônima do Futebol, o Cruzeiro SAF terá que destinar 20% de suas receitas para o pagamento de dívidas da associação civil. Essa regra tem prazo de seis anos, prorrogáveis por mais quatro em caso de liquidação de 60% do débito original.