Ele está na história por reconduzir o Cruzeiro à elite nacional, pelo título da Série B e por ser o primeiro técnico estrangeiro a levantar um caneco com a camisa azul. Este é Paulo Pezzolano, uruguaio de 39 anos que chegou desconhecido e se tornou um 'ídolo' dos cruzeirenses.
Não bastasse ter atingido todos os objetivos propostos pela gestão do Cruzeiro SAF, liderado por Ronaldo, Pezzolano fez tudo isso com futebol de qualidade: intenso, ofensivo e sem expor a defesa.
Em 52 jogos sob seu comando, o Cruzeiro marcou 85 gols e sofreu apenas 39. Foram 33 vitórias, nove empates e 10 derrotas. O aproveitamento geral é de 69,23%.
Na Série B, os números saltam mais aos olhos: 74% de aproveitamento. O Cruzeiro chegou ao título com 71 pontos e seis rodadas de antecedência. Foram 21 vitórias, oito empates e três derrotas em 32 apresentações.
Pezzolano é o quarto técnico estrangeiro da história do Cruzeiro. Seus antecessores não conquistaram títulos.
O primeiro foi o também uruguaio Ricardo Diéz, em 1953. Ele dirigiu o time em 12 jogos, com quatro vitórias, três empates e cinco derrotas.
O argentino Filpo Núñez teve, por sua vez, duas passagens pelo Cruzeiro. A primeira, em 1955, e a segunda, em 1970. Foram 30 jogos no total, com 11 vitórias, oito empates e 11 derrotas.
O último estrangeiro a assumir o Cruzeiro antes da 'era Pezzolano' foi o português Paulo Bento, em 2016. Em 17 jogos, obteve seis vitórias, três empates e oito derrotas. Ele dirigiu o time no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil.
A partir de 2023, os desafios de Paulo Pezzolano serão ainda mais difíceis. O Cruzeiro terá pela frente o Campeonato Mineiro, a Copa do Brasil e a Série A do Campeonato Brasileiro. Entre as metas estará ser novamente campeão, manter-se na elite e conseguir uma vaga em torneios sul-americanos na temporada seguinte.