Edu é o artilheiro do Cruzeiro no ano, com 19 gols marcados em 41 jogos
Artilheiro do Cruzeiro na Série B do Campeonato Brasileiro, com oito gols em 26 partidas, Edu foi alvo de críticas de parte da torcida celeste. No início desta semana, uma foto que mostra o centroavante supostamente soprando fumaça, que seria de um cigarro eletrônico, circulou nas redes sociais. No entanto, o jogador de 29 anos negou as acusações e condenou o ato de quem o colocou na mira de comentários negativos.
Em entrevista exclusiva ao Superesportes - que será publicada na íntegra nesta sexta-feira (16/9) -, Edu afirmou que não fez nada de errado e deu a entender que a fumaça na fotografia se trata de uma montagem. Ele explicou que estava curtindo o último dia da folga concedida pelo técnico Paulo Pezzolano após a vitória por 1 a 0 sobre o Operário, no Mineirão.
Os atletas puderam descansar de sexta (9/9) até segunda-feira (12/9), quando se reapresentaram na Toca da Raposa II, em Belo Horizonte, e deram início à preparação para o jogo contra o CRB, no estádio Rei Pelé, em Maceió-AL, pela 30ª rodada da Série B.
Edu disse que estava acompanhado por dois amigos durante um show de pagode realizado numa quadra de futevôlei, próximo à sua casa. Ele também contou que o estabelecimento pertence a um desses colegas e, diariamente, frequenta o ambiente para bater papo.
"Me pronunciei mais porque estava envolvendo o nome do Jajá e poderia acabar o prejudicando, porque ele não estava (na foto), e também por ter sido num dia de folga. Tiraram uma foto minha, às 5 horas da tarde, numa quadra de futevôlei. O dono dali, que está do meu lado, é o Ian, e do lado dele está o Neylor, que é segurança do estabelecimento", iniciou.
"Quem consegue ver a imagem inteira pode ver que eu estava com duas garrafas de água em cima da mesa e com dois parceiros trocando ideia, mostrando uma coisa no celular. O povo é muito maldoso, quem viu aquela fumaça ali, pelo amor de Deus, ela parece uma nuvem na minha cara", se explicou.
Edu apareceu soprando fumaça do que parece ser um cigarro eletrônico
Ao se posicionar sobre a imagem, o centroavante cruzeirense criticou as pessoas que o julgaram sem ter conhecimento dos fatos. Edu caracterizou o episódio como uma 'infelicidade muito grande' e disse que a fumaça na foto não é real.
"Infelizmente existem essas pessoas maldosas, mas eu não vou dizer nem que estou certo ou errado, elas interpretam as coisas da forma que elas quiserem. Acho que foi uma infelicidade muito grande, quem fez isso agiu com muita má fé, querendo me atrapalhar e manchar minha imagem numa situação que, de verdade, eu não vejo problema nenhum", declarou.
"Que Deus perdoe essas pessoas ruins"
Edu afirmou que ficou chateado com o julgamento que sofreu por parte de alguns torcedores. Porém, ele disse que está ciente que isso pode ocorrer com qualquer atleta profissional devido à exposição constante na mídia.
"O povo é muito maldoso, mas faz parte, esse é o preço que se paga por ser uma figura pública, um jogador que está em evidência. Infelizmente, as pessoas preferem muito mais ver as coisas que você faz, teoricamente, de errado do que as certas", reiterou.
Ao mandar um recado para os críticos, Edu citou uma frase de Adriano Imperador que ficou famosa após o ex-atacante exibir uma camisa ao marcar um gol pelo Flamengo no clássico com o Vasco, pelo Campeonato Carioca de 2010. "É como o Adriano colocou uma vez na camisa: 'Que Deus perdoe essas pessoas ruins'", lembrou.
"As pessoas precisam parar de generalizar a vida do atleta, falar que o cara tem que ficar só dentro de casa, não é assim que as coisas funcionam. O mundo tem que parar de ser egoísta. Tenho meus momentos de lazer, sou um ser humano como qualquer outro", finalizou.
Contratado pelo Cruzeiro ainda durante a gestão da associação, em dezembro de 2021, Edu se tornou um jogador fundamental para o técnico Paulo Pezzolano.
Embora tenha oscilado na Série B, o camisa 99 participou de 26 dos 29 jogos e anotou oito gols. Ele também marcou quatro vezes pela Copa do Brasil e sete no Campeonato Mineiro.
Resposta de Edu na íntegra
“Me pronunciei mais porque estava envolvendo o nome do Jajá e poderia acabar o prejudicando, porque ele não estava (na foto). Me pronunciei também por ter sido num dia de folga, eu não tinha três dias de folga desde janeiro, estava trabalhando para caramba. Num dia de folga, tiraram uma foto minha, às 5 horas da tarde, numa quadra de futevôlei, mas na foto não dá para ver.
O dono dali, que está do meu lado, é o Ian, e do lado dele está o Neylor, que é segurança do estabelecimento. Quem consegue ver a imagem inteira pode ver que eu estava com duas garrafas de água em cima da mesa e com dois parceiros trocando ideia, mostrando uma coisa no celular. O povo é muito maldoso, quem viu aquela fumaça ali, pelo amor de Deus, ela parece uma nuvem na minha cara.
Então, infelizmente existem essas pessoas maldosas, mas eu não vou dizer nem que estou certo ou errado, as pessoas interpretam as coisas da forma que elas quiserem interpretar. Acho que foi uma infelicidade muito grande, quem fez isso agiu com muita má fé, querendo me atrapalhar e manchar minha imagem numa situação que, de verdade, eu não vejo problema nenhum. Uma coisa é eu estar na madrugada às 4 horas, com treino no dia seguinte, agora, qualquer cidadão que trabalha e está de folga não estaria dentro de casa num domingo à tarde.
As pessoas precisam parar de generalizar a vida do atleta, falar que o cara tem que ficar só dentro de casa, não é assim que as coisas funcionam, o mundo tem que parar de ser um pouco egoísta. Aí você lê certos comentários que te incomodam. Eu não me importo com o que os outros falam de mim, sei das minhas responsabilidades e o que eu posso ou não fazer. Tenho meus momentos de lazer, sou um ser humano como qualquer outro.
Eu me pronunciei quando vi que estavam associando meu amigo ao Jajá, realmente eles se parecem, mas quando vi que poderia prejudicar o Jajá de alguma forma, eu fiz mais no intuito de livrar a imagem do Jajá. Se alguém tiver que pagar por alguma coisa, esse alguém sou eu, pois na foto sou eu e não tem ninguém do clube ao meu lado, a responsabilidade é toda minha.
Como eu estava falando, ali é uma quadra de futevôlei e quando acaba o evento ele faz um pagode num deck, é uma coisa bem tranquila num ambiente aberto. (O local) É praticamente na esquina da minha casa, se eu quiser vou até andando, é um lugar que eu frequento diariamente. Eu saio do treino e vou lá tomar um açaí e conversar.
O povo é muito maldoso, mas faz parte, esse é o preço que se paga por ser uma figura pública, um jogador que está em evidência. Infelizmente, as pessoas preferem muito mais ver as coisas que você faz, teoricamente, de errado do que as certas. É como o Adriano (Imperador) colocou uma vez numa camisa: ‘Que Deus perdoe essas pessoas ruins’. De certa forma, que isso sirva de lição para as pessoas que preferem tomar conta das nossas vidas ao invés de viver a vida deles. Um beijo do Edu, que vocês continuem curtindo o domingo de folga de vocês assim como eu também vou curtir”.