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Sérgio justifica orçamento do Cruzeiro de 2022 que 'não batia' com receitas

Hoje responsável pelo Cruzeiro (associação), Sérgio explicou como a Raposa faria para cumprir com a previsão de R$ 90 milhões de gastos nesta temporada

22/08/2022 18:30 / atualizado em 23/08/2022 10:38
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Sérgio Santos Rodrigues foi o entrevistado do 25º episódio Superesportes Entrevista
foto: Ramon Lisboa/EM/D.A.Press

Sérgio Santos Rodrigues foi o entrevistado do 25º episódio Superesportes Entrevista

A complicada situação financeira do Cruzeiro nunca foi novidade para Ronaldo Fenômeno antes de comparar 90% das ações da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), em janeiro. No entanto, o cenário poderia ser bem pior que o atual se o empresário não tivesse assumido o futebol do clube e feito cortes drásticos no planejamento incial.  


 
Em abril, a equipe do ex-jogador diminuiu 60% do orçamento que havia sido previsto para esta temporada. À época, o presidente Sérgio Santos Rodrigues, hoje responsável pela associação, estipulou um gasto de R$ 91 milhões, mas esse montante foi reduzido por Ronaldo para R$ 36 milhões
 
"Assim que anunciamos a compra da SAF, nós começamos a mergulhar no que era o orçamento do ano do clube. A primeira coisa que encontrei foi um orçamento de R$ 90 milhões, com uma receita de R$ 60 milhões, que inclusive já estão gastas. É realmente uma conta que não bate, não entra na minha cabeça o funcionamento de um clube assim", disse Ronaldo à época.  
 
Em participação no 25º episódio do Superesportes Entrevista, nesta segunda-feira (22/8), Sérgio explicou como a Raposa faria para cumprir com a previsão de gastos. Segundo o mandatário, seria necessário fazer demissões durante a temporada para readequar o orçamento à realidade do clube. 
 
"Na verdade, quando se fala isso é projetando o que naquele momento a gente tinha de folha e contratações. E a gente estava tentando resolver primeiro as contratações que eram mais difíceis para depois ajustar a folha ao longo do ano. Era esse o objetivo", iniciou. 
 
Para Sérgio Rodrigues, a única alternativa do Cruzeiro para não fechar o ano no vermelho seria captar parceiros interessados na SAF. "A solução seria captar de alguma forma pessoas interessadas, acreditando no potencial de que o Cruzeiro valorizaria muito performando. É claro que, principalmente quem está de fora apostaria muito mais", disse.
 
Na época em que o plano de gastos foi montado por Sérgio, a estrutura do futebol do Cruzeiro era composta por Alexandre Mattos (diretor de futebol); Ricardo Rocha (diretor-técnico); Vanderlei Luxemburgo (treinador); e Maurício Copertino (auxiliar-técnico). 
 
"Eu sou defensor número um do (Paulo) Pezzolano, mas acredito que quando ele apareceu pouca gente sabia como era o trabalho dele. O nome do Luxemburgo atrai muita coisa e do próprio Alexandre, que tem essa característica de sempre conseguir trazer parceiros nos clubes pelos quais ele passou. Então, a nossa ideia era diminuir com as demissões que seriam feitas e ajustar o orçamento do ano com essas parcerias", finalizou. 
 

Mudanças no futebol

 
Com Ronaldo à frente da SAF, o Cruzeiro fez uma grande reformulação em todo o departemanto de futebol. O epresário anunciou Pedro Martins como executivo de futebol; Luiz Kriwat, gerente; Pedro Costa, gerente administrativo; Kin Saito, diretora do feminino; e Roberto Braga, diretor de base.
 
Na composição da estrutura da SAF estão Gabriel Lima (CEO); Enrico Ambrogini (diretor de operações); Lênin Franco (diretor de marketing e comercial); Raphael Vianna (diretor financeiro); Victor Rios (diretor de comunicação); e Alexandre Cobra (secretário-geral).

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