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Pezzolano: 'Aquele que pensa que o Cruzeiro já subiu é um problema'

Após empate com a Chapecoense, técnico da Raposa pregou humildade e trabalho no clube mineiro; uruguaio fez elogios ao desempenho do time em Brasília

13/08/2022 19:30 / atualizado em 13/08/2022 20:14
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Pezzolano controla ansiedade pelo acesso no Cruzeiro
foto: Divulgação/Cruzeiro

Pezzolano controla ansiedade pelo acesso no Cruzeiro


O técnico Paulo Pezzolano voltou a controlar a ansiedade pelo acesso à Série A em torno do Cruzeiro neste sábado (13/8), no Mané Garrincha, em Brasília, após o empate em 1 a 1 com a Chapecoense. Na visão do treinador uruguaio, "aquele que pensa que o Cruzeiro já subiu é um problema".
 
 

Em entrevista concedida após a igualdade com a Chape na Série B, Pezzolano voltou a pedir pés no chão para a Raposa. Ele garante que se, porventura, algum jogador ou funcionário do clube acreditar que o acesso já está garantido, será afastado do dia a dia.

"Tranquilo. Nós temos que seguir fazendo o nosso jogo - é o que faz a diferença no campo. Tentar fazer nosso jogo, seguir melhorando. Faltam muitos jogos ainda. Aquele que acha que o Cruzeiro já subiu é um problema. Nenhum jogador que ache isso vai jogar. Nenhum trabalhador do Cruzeiro que fale isso vai estar perto. Falta muito. Para quem conhece de futebol, falta muito", opinou.

"Necessitamos estar concentrados no dia a dia e temos que somar os pontos para subir. O objetivo é subir. Sim, cria-se uma ansiedade para todos, sim. Agora, temos que estar tranquilos. Temos dois dias para, acima de tudo, descansar a cabeça, e depois vir com tudo porque temos um jogo direto com o Grêmio. Mais que nada, preparar a cabeça. É o momento disso e enxergar cada jogo como uma final, como estamos fazendo. Nada mais. Seguir trabalhando nisso", completou.

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Neste sábado, o Cruzeiro pressionou e criou as melhores chances, mas ficou no empate com a Chapecoense em Brasília. Na avaliação de Pezzolano, a necessidade de atuar em outro local que não fosse o Mineirão prejudicou o desempenho da equipe.

"Sabíamos que seria um jogo difícil para nós. Na verdade, o campo é muito bom, nos receberam muito bem em Brasília, tudo espetacular... Mas não é nossa casa, né? É muita diferença. Jogar no Mineirão, jogar na sua casa... Sabíamos que hoje, para o clube, era importante economicamente e se decidiu vir jogar aqui. Por mais que você seja mandante, não é a mesma coisa. Sofremos com isso hoje. A torcida empurrou, mas às vezes, a atmosfera como local é diferente", avaliou.

 

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Ao analisar a partida, o uruguaio elogiou o trabalho de marcação da Chape. Ele também valorizou a postura da Raposa no início do segundo tempo e apontou o que faltou para voltar de Brasília com uma vitória.

"O jogo em si foi muito difícil. Marcou muito bem a Chapecoense, fizeram o trabalho deles muito bem. Tomamos um gol muito cedo e isso nos custou, mas a equipe sempre foi para a frente, tentou buscar, teve paciência e, no segundo tempo, saiu com outra velocidade. Com outra energia, com outra intensidade. Aí, conseguimos encontrar a diferença", disse.

"Mas depois disso não se pôde, caindo um pouco o jogo. Os jogadores foram muito bem. Muito contente com eles. No segundo tempo, faltou um pouco mais de paciência com a bola - o que fizemos no primeiro tempo, de rodar. Mas fizeram um grande jogo", encerrou.

Após 11 vitórias, este foi o primeiro tropeço do Cruzeiro como mandante na atual edição da Segunda Divisão. O resultado, no entanto, não altera a tabela de classificação: a Raposa segue líder absoluta, com 53 pontos - a 19 do Londrina, primeiro time fora do G4 -, e conta os dias para o acesso à Série A.

O próximo compromisso do Cruzeiro na Série B é contra o Grêmio (3° colocado, com 43 pontos). A partida válida pela 25ª rodada ocorrerá na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, às 16h do próximo domingo (21/8).

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