Sócio majoritário da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Cruzeiro, Ronaldo se reuniu, nesta quarta-feira (15), com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). O Fenômeno admitiu que uma das pautas do encontro foi a gestão do Mineirão, hoje sob responsabilidade do consórcio Minas Arena.
"Seria uma visita de cortesia, institucional, normalmente a gente faz. Fiz na Espanha, chegando em Valladolid, e tinha essa intenção de fazer aqui", disse. "A conversa foi muito boa. O Mineirão não era a pauta, mas acabou virando. A conversa foi muito boa. Posso dizer que temos muita coisa para fazer pela frente", projetou.
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Nessa terça (14), após vazar a informação da reunião entre Zema e Ronaldo, o diretor comercial da Minas Arena, Samuel Lloyd, disparou nas redes sociais. "Querido Ronaldo Fenômeno, se quiser falar sobre administração do Mineirão precisa marcar comigo e não com o Romeu Zema. Nós estamos no Brasil e não na Venezuela", escreveu.
"Esse país que eu amo respeita as leis, licitações e contratos. Até 2037, pelo menos, essa gestão é da Minas Arena, empresa que represento com muito orgulho e dedicação e é referência em gestão de estádio no Brasil", completou o dirigente. O consórcio tem contrato para administrar o estádio até 2037, com possibilidade de renovação até 2045.
Perguntado durante a coletiva de imprensa nesta quarta sobre o incômodo que o encontro com Zema gerou na direção da Minas Arena, Ronaldo desconversou e voltou a avaliar positivamente a conversa com o governador mineiro.
"A verdade é que não era a pauta da reunião. Era, realmente, uma visita de cortesia ao governador. Estou chegando ao estado com um projeto com o Cruzeiro, que tem uma relevância muito grande na sociedade. Por enquanto o que posso dizer, é que foi excelente. Posso dizer que foi muito boa a conversa e a gente sai daqui muito animado", finalizou o Fenômeno.
Além de Ronaldo, outros três integrantes da cúpula celeste participaram do encontro, que aconteceu na sede do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Representaram o Cruzeiro o CEO, Gabriel Lima, o secretário-geral, Alexandre Cobra, e o diretor de operações, Enrico Ambrogini. Ao lado de Zema estiveram a secretária-geral adjunta do Governo de Minas, Cristiana Kumaira, e o secretário de infraestrutura e mobilidade, Fernando Marcato.
A Minas Arena ainda será remunerada pelos cofres públicos por um longo período. De acordo com o contrato, o Estado mineiro gratificará a empresa todo mês durante o tempo de vigência da concessão: 27 anos - esse prazo pode ser prorrogado para 35 anos.
A Minas Arena é o consórcio formado pelas empresas de engenharia Construcap, Egesa e HAP e administra o Gigante da Pampulha desde 2010, ainda durante as obras de modernização para a Copa do Mundo do Brasil, realizada em 2014.