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Procópio detona futebol do Cruzeiro: 'Torcedor merece equipe decente'

Ídolo celeste criticou atuação da Raposa no empate por 1 a 1 com o Tombense, no estádio Soares de Azevedo, pela 3ª rodada da Série B

24/04/2022 11:57 / atualizado em 24/04/2022 11:59
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Cruzeiro buscou empate com Tombense no fim do segundo tempo
foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Cruzeiro buscou empate com Tombense no fim do segundo tempo

Depois de empatar por 1 a 1 com o Tombense, nesse sábado (23), no estádio Soares de Azevedo, em Muriaé, na Zona da Mata, o Cruzeiro desperdiçou a chance de assumir a vice-liderança da Série B do Campeonato Brasileiro pela primeira vez após quase três anos. O resultado decepcionou parte dos torcedores celestes, que manifestaram suas frustrações nas redes sociais. 

 
Em postagem crítica no Twitter, o ex-zagueiro Procópio Cardozo, ídolo do clube mineiro nas décadas de 1960 e 1970, detonou a gestão do futebol da Raposa, comandada pela equipe de Ronaldo Fenômeno, dono de 90% da Sociedade Anônima de Futebol (SAF). 

"Time ruim, mal treinado, sem brio e bem inferior ao do Campeonato Mineiro. O Cruzeiro involuiu assustadoramente. Gestão do futebol profissional deixando a desejar. O torcedor vem fazendo a sua parte e merece uma equipe decente", escreveu.

Na partida, o Tombense saiu na frente do Cruzeiro, aos 12 minutos do segundo tempo, com gol de Ciel, em cobrança de pênalti. A Raposa empatou aos 42', com Eduardo Brock, também em uma penalidade máxima
 

Fotos do jogo entre Tombense e Cruzeiro

  
Ainda durante o primeiro tempo do jogo, Procópio já havia demonstrado sua indignação com o rendimento da equipe celeste. Segundo ele, o time dirigido pelo técnico Paulo Pezzolano deveria ter jogado com mais raça para chegar ao gol antes do adversário.  
 
 
"Meia hora de jogo já era pro Cruzeiro ter feito um gol ou pelo menos chegado mais perto. Se não está conseguindo na técnica tem que jogar com mais raça", afirmou.

Nascido em Salinas, no Norte de Minas Gerais, em 21 de março de 1939, Procópio jogou pelo Cruzeiro de 1959 a 1961, e, posteriormente, a partir de 1966. Em 1968, teve a carreira interrompida por uma lesão provocada justamente por Pelé, do Santos, em duelo pela Taça de Prata.

Após se afastar dos gramados por cinco anos e cursar educação física na Universidade Federal de Minas Gerais, Procópio retornou ao futebol e vestiu a camisa celeste de 1973 a 1974. Em 212 partidas pela Raposa, marcou seis gols. Ele celebrou, além da Taça Brasil de 1966, seis edições do Campeonato Mineiro: 1959, 1960, 1961, 1967, 1968 e 1973.

Desabafo do Gladiador


O empate 'sofrido' também irritou o ex-atacante Kleber Gladiador. O ex-jogador voltou a criticar o elenco da Raposa e ressaltou que os atletas precisam treinar duro e dar a vida nos jogos. 
 
 
"Cruzeiro precisa de muito mais! Jogador que põe essa camisa não pode ser mais ou menos. Treinar duro e no jogo dar a vida. Essa posição não é aceitável nem na série A, imagina na B", manifestou. 

Kleber também disse que o jogo deu 'calo nas vistas'.  

Protesto 


A Máfia Azul, principal torcida organizada do Cruzeiro, também publicou uma mensagem de protesto contra o futebol apresentado pelo Cruzeiro nos últimos jogos. Além do empate com o Tombense, a Raposa foi derrotada pelo Remo por 2 a 1, na última terça-feira (19), no estádio Baenão, em Belém-PA, no jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil
 
Veja a íntegra da carta:

"Viemos por meio desta expressar nossa total insatisfação com o futebol que o Cruzeiro vem apresentando nesses últimos jogos. O Cruzeiro está chegando a marca dos 50 mil sócios, a torcida tem comparecido e o que falta para o time engrenar? Sabemos que apoio é o que não falta!

Mesmo com preços de ingressos desconexos de nossa atual realidade, a torcida sempre se fez presente e cumpriu seu papel!

Em contraste vemos um time com um baixo nível técnico, apático, sem vontade chega a ser vergonhoso denominar alguns que ali estão como jogadores "profissionais".

Já passou da hora dessa "nova" gestão mostrar a que veio. Um fraco 3° lugar na fase de classificação no estadual e de longe o que Cruzeiro merece!

Precisamos de novas "peças" urgentes para reforçar a equipe, não podemos e não iremos nos acomodar com essa situação, nossa história centenária não foi feita dessa forma!

O Cruzeiro não é uma empresa, não é apenas uma vitrine para negócios, é a paixão de mais de 9 milhões de torcedores! Somos um clube gigante e vencedor! E é assim que deve ser gerido. 

Subir este ano é obrigação! Estejam avisados!"

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