"A emoção está lá em cima, estamos falando de Cruzeiro, né? Um clube imenso no Brasil, com muita história. Eu fiz a minha carreira praticamente toda fora (do país), não tive oportunidades aqui. Receber essa chance do Cruzeiro agora me deixa sem palavras", celebrou.
Luvannor ainda analisou a importância da presença de Ronaldo, que está perto de comprar 90% das ações da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Cruzeiro. "Estamos falando do Ronaldo. O que ele foi como jogador está sendo como dirigente e dono de clube, pois já está nesse ramo há muito tempo e está fazendo um grande trabalho no seu clube espanhol", destacou.
Leia abaixo, na íntegra, a entrevista com Henrique Luvannor:
Quais são suas expectativas no Cruzeiro?
Minhas expectativas são enormes. Isso me pegou de surpresa. Eu só recebi a notícia por parte do meu empresário ontem (6 de abril). Estou meio sem acreditar ainda, e numa correria aqui, tentando organizar tudo. Eu vim para o Brasil em férias, (não esperava fechar com o Cruzeiro). Estou com minha família e meus filhos.
Eu não vinha para o Brasil desde o início da pandemia, então aproveitei as férias da minha filha na escola para visitar meus pais. A emoção está lá em cima, estamos falando de Cruzeiro, né? Um clube imenso no Brasil, com muita história. Eu fiz a minha carreira praticamente toda fora (do país), não tive oportunidades aqui. Receber essa chance do Cruzeiro agora me deixa sem palavras.
Tudo já acertado para a chegada em Belo Horizonte?
Ainda não tenho palavras para descrever tanta emoção e felicidade. Nós já conversamos tudo certinho, mas espero que (o negócio) possa ser concretizado e oficializado em breve. Estou organizando as coisas e em breve estou chegando em BH já para acertar os últimos detalhes aí. Com fé em Deus tudo ocorrerá bem e eu estarei pronto e trabalhando o mais rápido possível.
Como vê a presença do Ronaldo neste novo momento do Cruzeiro e qual a importância dele para a sua decisão de voltar ao Brasil?
A importância do Ronaldo é muito grande. Estamos falando do Ronaldo. O que ele foi como jogador está sendo como dirigente e dono de clube, pois já está nesse ramo há muito tempo e está fazendo um grande trabalho no seu clube espanhol (Real Valladolid).
Agora, no Cruzeiro, está com muitas ambições e um projeto muito grande. Poxa, ter o Ronaldo à frente (do Cruzeiro) é muito bom mesmo. Para mim então, ter ele como referência e exemplo é (algo) muito feliz mesmo. Eu nunca imaginaria que poderia ser assim. (Tenho) que demonstrar a minha gratidão por isso dentro de campo, com disciplina e dedicação.
Conta um pouco da sua trajetória para o torcedor do Cruzeiro que ainda não te conhece...
Eu saí do Brasil com 20 anos, em 2011. Fui para o Sheriff, onde fiquei três anos, e depois fui para os Emirados Árabes, onde fiquei sete anos. Tive a felicidade de voltar para o Sheriff no ano passado, quando consegui ajudar a equipe a chegar à Champions League. Um feito que entrou para a história, o clube nunca havia se classificado.
Estar dentro da história do Sheriff, um clube que eu considero que me revelou para o mundo da bola e abriu as portas para mim, me deu oportunidades, foi maravilhoso. Foi um desafio muito bom mesmo, e hoje em dia eu vejo o desafio com o Cruzeiro parecido. Temos que colocar o Cruzeiro onde ele deve estar, que é na Série A. Um clube grande desse não pode ficar muito tempo onde está hoje. Entraram em contato comigo e estão contando com a minha ajuda. Eu estou à disposição para ajudar a chegar nos objetivos que eles estão buscando. Juntos nós podemos conquistar muitas coisas boas.
E quais são suas características dentro de campo?
Sou um jogador que gosta de chegar na área para marcar. Tenho muita disciplina tática, o que é muito importante no futebol. Sou muito dedicado como profissional, gosto do que eu faço e tenho paixão por isso. Isso não vai faltar. Se os torcedores pegarem alguns lances vão ver que estou sempre presente na área, sei cabecear, sei finalizar, tenho velocidade e força também.
Mas o mais importante no futebol é se dedicar e ter disciplina. Não adianta ter tantas qualidades e não exercer as coisas mais importantes, que é a disciplina e a dedicação. Eu sempre procuro colocar isso em primeiro lugar e estar sempre pronto física e mentalmente para ajudar o clube e os companheiros também.
Prefere atuar como centroavante ou como extremo?
Eu passei a maior parte da minha carreira, cerca de 90%, como extremo, joguei pelas pontas. Eu prefiro estar jogando pelas beiradas mesmo, onde me sinto mais confortável. É onde fica bom (para mim), pois conheço os atalhos.
Para gente fechar, precisa de muito tempo para ficar à disposição do Pezzolano?
Meu último jogo foi contra o Al-Hilal, em 15 de janeiro. Eu estava treinando no Al-Sharjah, mantendo minha forma física. Acho que não vai ser preciso muito (tempo) não. Acho que uma semana de trabalho, muito foco e dedicação já vai me ajudar bastante para eu estar com o grupo.