O técnico Paulo Pezzolano garantiu que a postura do Cruzeiro diante do Atlético na final do Campeonato Mineiro, neste sábado, às 16h30, no Mineirão, não será diferente da que foi apresentada no primeiro clássico desta temporada, ainda pela fase classificatória do Estadual. O treinador uruguaio afirmou que a 'estratégia' do time é atuar com muita intensidade e objetividade na partida valendo o título.
"Todos sabem a estratégia do Cruzeiro, né? Cada jogo é sair e dar o máximo, muita intensidade, tentar pegar a bola, jogar com a bola no chão. Isso é o que estamos tentando fazer desde o primeiro jogo. Todos sabem isso e ficamos tranquilos pelo resultado do primeiro clássico que jogamos. E agora é uma final. Sabemos que vai ser um jogo difícil, mas estamos tranquilos e estamos com muita confiança de ganhar esse jogo com as ferramentas que nós temos", comentou o comandante celeste, em entrevista coletiva nessa quinta-feira, na Toca da Raposa II.
No clássico disputado no dia 6 de março, no Mineirão, o Cruzeiro teve bom desempenho, mas deixou a vitória escapar nos acréscimos. Vitor Roque deixou a Raposa em vantagem no segundo tempo. No entanto, o Galo virou com gols de Hulk, de pênalti, e Ademir, na reta final do jogo.
Na partida, Pezzolano apostou nos jovens Daniel Júnior, meia-atacante de 19 anos, e Vitor Roque, atacante de apenas 17. A equipe que entrou em campo foi Rafael Cabral; Rômulo, Oliveira, Eduardo Brock e Rafael Santos; Willian Oliveira, Pedro Castro e Canesin (depois Geovane); Daniel Júnior e Vitor Roque (depois Bidu) e Edu (depois Bruno José).
Neste sábado, o time cotado para o clássico é Rafael Cabral; Rômulo, Oliveira, Eduardo Brock e Rafael Santos; Willian Oliveira, Pedro Castro (Waguininho), Fernando Canesin e João Paulo; Vitor Roque e Edu.
Para o reencontro com o rival, o treinador considerou que a presença de jogadores experientes não será determinante para a escalação e ressaltou a necessidade de a equipe atuar com muita intensidade contra o rival, independentemente da idade de quem estiver em campo.
"A ideia é colocar quem eu sinto que está melhor para esse jogo, muito além da idade, né? Se é jogador novo, mas dá intensidade e faz tudo o que a equipe precisa no jogo, vai jogar um jogador novo. Se um jogador experiente vai somar outras coisas também, à parte da experiência, vai jogar. O que nós necessitamos hoje é trabalhar como time e que isso seja visto no campo. Estou tranquilo que o jogador que for jogar, vai jogar bem, porque todos estão trabalhando bem. Os jogadores estão muito concentrados, estão deixando tudo no dia a dia para que dê tudo certo aqui no Cruzeiro. Quem entrar, vai fazer bem as coisas", projetou.
Intensidade contra um adversário forte
Na coletiva dessa quinta, Pezzolano admitiu o favoritismo do Atlético na final do Mineiro e apontou que o rival tem a maior responsabilidade de levar o título, já que vem embalado por quatro conquistas - Estadual, Copa do Brasil e Brasileiro, em 2021; e Supercopa, em 2022. Com a estratégia de usar a intensidade, o uruguaio acredita que o adversário terá um jogo 'chato' pela frente e será forçado a errar em determinados momentos.
"Vamos jogar um jogo tranquilo, fazendo o que vínhamos fazendo. Sabemos que é final, um jogo, mas se fizermos o que vínhamos fazendo, e melhoramos, o problema vai ser deles (Atlético). Por mais qualidade que eles tenham, se nós colocarmos muita intensidade, eles vão errar. Vão errar porque vai pesar o jogo para eles, vai ser um jogo chato para eles. Pelo que falei: se eles perdem o jogo, perdem um ano. Por mais que falem que é Estadual, e tudo, vai pegar muito duro neles (vão sentir). Então, nós estamos tranquilos. Vamos fazer o nosso jogo e vamos tentar manter a intensidade por quantos minutos forem necessários, porque a vontade que tem esse time, a vontade de sair à frente, de ganhar esse jogo, é muito maior que a qualidade que o time deles tem. Isso nós vamos demonstrar sábado, no jogo, assim que é como eu falava: a pressão é toda deles", apostou
"Meus jogadores vão desfrutar desse jogo, mas desfrutar no bom sentido da palavra, né? Desfrutar esse jogo é deixar tudo no campo, a bola dividida vai ser nossa, a pressão constante. Cada segunda bola vai ser nossa. E assim vamos equilibrar o jogo, vamos fazer frente com as ferramentas que nós estamos confiantes do que fazemos", concluiu.