O ex-jogador Ronaldo garantiu que não desistirá da aquisição de 90% das ações da Sociedade Anônima do Futebol do Cruzeiro, porém jogou a decisão nas mãos do Conselho Deliberativo do clube. A conclusão do negócio com o empresário será votada em reunião extraordinária às 18h30 de segunda-feira, 4 de abril, no parque esportivo do Barro Preto, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
“Não vou desistir do Cruzeiro, está longe da minha cabeça. Mas as cartas estão na mesa. Acho que a minha posição está muito clara para o Conselho. Continuamos trabalhando aqui firmes e fortes, pensando no futuro do Cruzeiro. Agora a decisão é do Conselho do Cruzeiro, e não minha”, disse o investidor, em live nesta segunda-feira em seu canal no Twitch.
“Estamos trabalhando muito nessa reconstrução, esses últimos três meses foram uma loucura total. Eu moro na Espanha, mas fiquei dois meses no Brasil por conta do Cruzeiro. A expectativa é que tudo se resolva, e no dia 4, na Assembleia, os conselheiros possam escolher a melhor opção”.
A posição passada por Ronaldo ao Conselho é para que as Tocas I e II, de propriedade da associação civil, sejam transferidas para a SAF. Em troca, o grupo do ex-camisa 9 da Seleção Brasileira assumiria o pagamento integral da dívida tributária do clube, hoje calculada em R$ 180 milhões e com parcelas mensais acima de R$ 1 milhão até 2032.
A posição passada por Ronaldo ao Conselho é para que as Tocas I e II, de propriedade da associação civil, sejam transferidas para a SAF. Em troca, o grupo do ex-camisa 9 da Seleção Brasileira assumiria o pagamento integral da dívida tributária do clube, hoje calculada em R$ 180 milhões e com parcelas mensais acima de R$ 1 milhão até 2032.
Na sexta-feira (18), também no Twitch, Ronaldo havia ressaltado que sua equipe chegou a um plano final para o Cruzeiro após três meses de análise, e a continuidade dependerá tão somente do Conselho. “Acho que a situação realmente é importante, ela é decisiva, mas não tem muita coisa que eu possa fazer agora”.
O Fenômeno também alfinetou comentaristas esportivos que criticaram o valor da venda do Cruzeiro - R$ 400 milhões, sendo R$ 50 milhões de aporte inicial e R$ 350 milhões gerados pela própria administração do ex-centroavante e/ou com recursos próprios.
“Não poderia deixar de dizer uma coisinha depois de tudo que tenho visto na TV e nos jornais. De repente os comentaristas e narradores esportivos, principalmente os que falam de futebol, e a gente conhece todos, viraram analistas financeiros (...)”.
“Estamos sendo assessorados por uma das principais empresas do Brasil em reconstrução de empresas, a Alvarez & Marsal, e pela XP, que é o maior banco de investimento do Brasil. Colocar em dúvida a credibilidade desses dois gigantes é falta de respeito”.
Quanto aos conselheiros, alguns se colocaram a favor do repasse dos CTs a Ronaldo, enquanto outros não se posicionaram (leia reportagem do Superesportes com a opinião de integrantes do órgão). Já o Conselho Fiscal solicitou ao presidente Sérgio Santos Rodrigues o contrato com a XP e outros documentos.
Nas redes sociais, grande parte da torcida é favorável à cessão das Tocas ao Fenômeno, sobretudo pelo início promissor em 2022, com salários em dia e resultados positivos no Campeonato Mineiro e na Copa do Brasil. Inclusive, grupos organizam manifestações favoráveis à aprovação no dia da votação no Barro Preto.
Quanto aos conselheiros, alguns se colocaram a favor do repasse dos CTs a Ronaldo, enquanto outros não se posicionaram (leia reportagem do Superesportes com a opinião de integrantes do órgão). Já o Conselho Fiscal solicitou ao presidente Sérgio Santos Rodrigues o contrato com a XP e outros documentos.
Nas redes sociais, grande parte da torcida é favorável à cessão das Tocas ao Fenômeno, sobretudo pelo início promissor em 2022, com salários em dia e resultados positivos no Campeonato Mineiro e na Copa do Brasil. Inclusive, grupos organizam manifestações favoráveis à aprovação no dia da votação no Barro Preto.
A lei da SAF determina que o clube-empresa destine 20% de suas receitas para o pagamento de dívidas da associação civil em um prazo de seis anos, prorrogáveis por mais quatro caso 60% do passivo original seja liquidado. Atualmente, o débito do Cruzeiro gira na casa de R$ 1 bilhão.