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Por compra do Cruzeiro, Ronaldo quer nova votação sobre SAF no Conselho

Fenômeno se reuniu nesta segunda-feira (14) com membros da Mesa Diretora do Conselho Deliberativo

Tiago Mattar
Ronaldo se reuniu com lideranças do Conselho Deliberativo do Cruzeiro - Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro Oitenta e seis dias depois de assinar proposta de compra vinculante para se tornar acionista majoritário da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Cruzeiro, Ronaldo se reuniu, na manhã desta segunda-feira (14), com membros da Mesa Diretora do Conselho Deliberativo do clube. O Superesportes apurou que o Fenômeno deseja ajustes no contrato de compra com a associação.



Também participaram do encontro, que durou do fim da manhã até o meio da tarde, dirigentes terceirizados ligados à transição. A avaliação da reunião, em geral, foi positiva. 

Uma fonte afirmou à reportagem, sem revelar detalhes, que as demandas do ex-camisa 9 são "delicadas" e podem causar "algum desgaste". Na reunião desta segunda, lideranças do Conselho iniciaram uma negociação para tentar amenizar os efeitos.

A tendência é que os temas, mantidos sob sigilo, sejam revelados até o fim desta semana. A reportagem consultou diferentes pessoas que participaram do encontro, mas não conseguiu pormenores do que Ronaldo espera.


"Ele quer mais segurança para continuar fazendo um bom trabalho. É o máximo que posso dizer", disse uma delas em condição de anonimato. 

Há, até aqui, uma certeza: o Conselho Deliberativo precisará ser convocado para aprovar as novas demandas do ex-atacante e de sua equipe. Isso deve acontecer, com uma pauta bem definida, também nos próximos dias.

Ronaldo assinou a proposta de compra vinculante de 90% das ações da Sociedade Anônima do Futebol do Cruzeiro em 18 de dezembro. Ele prometeu investimento de R$ 400 milhões ao longo dos próximos anos.

No acordo, ele acertou 120 dias para comandar uma diligência interna antes de assinar a aquisição definitiva. Esse prazo se encerrará em 34 dias.

Em agosto de 2021, o Conselho Deliberativo aprovou a constituição da SAF. Naquela oportunidade, o órgão autorizou a criação de uma empresa para gerenciar as atividades do futebol. Assim, quase todos os ativos do Cruzeiro (direitos econômicos de atletas, direitos de transmissão, programa de sócio, publicidade e patrocínio) ficam sob gestão empresarial. Por outro lado, imóveis e clubes de lazer continuam como patrimônio da associação.