O Cruzeiro tentará recuperar a liderança do Campeonato Mineiro no confronto com o Uberlândia, nesta quinta-feira, às 20h, no Independência, em Belo Horizonte, no complemento da 7ª rodada. Se depender do retrospecto, o clube celeste tem tudo para garantir os três pontos, alcançar 18 e ultrapassar o Atlético na classificação.
A invencibilidade da Raposa contra o Uberlândia perdura há quase 21 anos. O último revés foi no estádio Parque do Sabiá, na Região do Triângulo, em 31 de março de 2001, pelo Campeonato Mineiro. Anderson marcou o gol da vitória alviverde por 1 a 0, aos 7 minutos do primeiro tempo, após chutar rasteiro entre os braços do goleiro Jefferson.
A escalação cruzeirense contou com reservas: Jefferson; Maicon (Luisinho Netto), Marcelo Djian, Anderson Bill e Beto (Geovanni); Cleber Monteiro, Marcos Paulo, Wendell e Muller (Adriano Chuva); Alessandro e Marcelo Ramos. O técnico Luiz Felipe Scolari poupou os titulares em razão do duelo contra o Emelec, do Equador, pela Libertadores, em 3 de abril.
Após o revés, o Cruzeiro mediu forças com o Uberlândia em nove oportunidades, com sete vitórias e dois empates. O resultado mais elástico foi no estadual de 2010: 6 a 0, no Mineirão - três gols de Kleber, um de Thiago Ribeiro, um de Cláudio Caçapa e um de Diego Renan. Já em 2018, Rafael Estevam (contra), Thiago Neves e Rafinha (2) garantiram o placar de 4 a 0 para a Raposa.
A partida desta quinta-feira será a de número 99 entre Cruzeiro e Uberlândia. São 60 vitórias azuis, 28 empates e 10 triunfos alviverdes. No Mineiro de 1994, o atacante Ronaldo Fenômeno, com acordo para comprar 90% das ações da Sociedade Anônima do Futebol, balançou a rede três vezes na goleada por 4 a 0. Roberto Gaúcho assinalou o outro tento.
Ídolos em comum
Jogadores de renome se destacaram com as duas camisas. A começar por Dirceu Lopes, segundo maior artilheiro do Cruzeiro, com 228 gols, e campeão da Taça Brasil de 1966 e da Copa Libertadores de 1976. O Príncipe contabilizou nove gols pelo Uberlândia no Mineiro de 1979.
O zagueiro Moraes, afamado pelas entradas violentas nos adversários, usou a camisa 3 do elenco campeão da Copa Libertadores em 1976 e representou o Cruzeiro em 283 jogos, com 10 gols marcados. De 1979 a 1980, ele foi o xerifão da zaga uberlandense.
Quem ganhou visibilidade no Uberlândia foi o centroavante Oséas, autor de sete gols no Campeonato Mineiro de 1995. No mesmo ano, transferiu-se para o Athletico-PR, pelo qual conquistou a Série B do Campeonato Brasileiro na condição de artilheiro, com 13 gols.
Oséas viria a se tornar ídolo do Palmeiras, onde jogou durante dois anos e meio e ganhou a Copa do Brasil e a Copa Mercosul, em 1998, e a Copa Libertadores, em 1999. O carismático camisa 9 anotou 65 gols em 172 jogos pelo Verdão.
Cinco anos após despontar no Uberlândia, Oséas regressou a Minas para acertar com o Cruzeiro, que comprou seu passe por US$ 3,6 milhões ao Palmeiras. Em meio à concorrência com Fábio Júnior e Marcelo Ramos, o baiano acumulou 55 gols em 130 jogos e levantou os troféus da Copa do Brasil, em 2000, e da Copa Sul-Minas, em 2001.