Após discutir publicamente com o vice-presidente e ídolo do Boca Juniors, Juan Román Riquelme, Ramón Ábila deixou a equipe de Buenos Aires e se transferiu para o Colón, de Santa Fé, que pagou 1,7 milhão de dólares pelos direitos econômicos do atacante - quase R$ 9 milhões.
Ábila é o principal reforço do time do técnico Julio César Falcioni para a disputa da Copa Libertadores. Ele assinou contrato de três anos.
O ex-atacante do Cruzeiro chegou a postar uma mensagem crítica ao conselho de futebol, do qual Riquelme faz parte: "Esperando que alguém informe minha situação, como ninguém do conselho de futebol falou comigo nem com meu representante, sigo gerando um gasto desnecessário ao clube", disse o atacante.
"Já que trabalham para ameaçar e soltar comunicados para me deixar exposto e arranhar minha imagem pelo motivo que todos conhecem, aviso a vocês que não devo nada nem tenho medo. Vocês têm até quarta para solucionar meu tema", disse Ábila.
Riquelme respondeu em entrevistas a redes de TVs na Argentina. "Wanchope está bravo porque ninguém o comprou", disse. "Não tenho redes sociais e não trabalho de acordo com o que postam lá", emendou o ídolo do Boca.
Antes do acerto com o Colón, Ábila passou por dois clubes nos Estados Unidos, por empréstimo. No Minnesota, disputou 10 jogos e marcou dois gols. Já no DC United foram 12 partidas e três bolas nas redes.
No meio disso tudo, há uma briga política envolvendo Tevez e Riquelme. Ábila é amigo pessoal de Carlitos, que pode se apresentar como candidato da oposição nas próximas eleições do Boca Juniors. Riquelme não tem boa relação com o ex-jogador do Corinthians e já disse que "se Tevez quiser concorrer às eleições do Boca, ganhamos por 85% a 15%".
Em 61 jogos pela Raposa, Ábila marcou 26 gols e contribuiu com três assistências. Levando em consideração apenas as partidas em que atuou como titular, o atacante contabilizou 22 tentos em 34 partidas, com média de 0,64 por apresentação. Ele ficou na Toca da Raposa II entre janeiro de 2016 e agosto de 2017.