O Marca Deportivo repercutiu a saída de Fábio do Cruzeiro. Em uma matéria publicada na manhã desta quinta-feira, o jornal espanhol afirmou que Ronaldo Fenômeno, dono de 90% das ações do clube celeste, 'segue gerando mal-estar'.
Com a manchete 'Ronaldo toca os espíritos no Cruzeiro', o portal destacou que essa é a segunda decisão polêmica do ex-jogador e agora empresário, relembrando a demissão do técnico Vanderlei Luxemburgo.
"Depois de expulsar Vanderlei Luxemburgo, o 'Fenômeno', novo dono do clube brasileiro, continua incomodando após expulsar o lendário goleiro Fábio", diz o subtítulo da reportagem.
Além de ter defendido Real Madrid e Barcelona quando jogador, Ronaldo também é dono do Real Valladolid. Com isso, a imprensa espanhola fica atenta às decisões tomadas pelo empresário no clube mineiro.
O jornal ainda exaltou Fábio, o colocando como 'mítico' e 'verdadeira lenda' da Raposa. "Não se pode dizer que o desembarque de Ronaldo Nazário no Cruzeiro, do qual ele é o maior acionista desde meados de dezembro, esteja sendo plácido. O ânimo começou a se agitar desde que o 'Fenômeno' dispensou primeiro Vanderlei Luxemburgo e, agora, o mítico goleiro Fábio, de 41 anos, uma verdadeira lenda do clube brasileiro", diz parte da matéria.
Despedida de um ídolo
Com 976 partidas disputadas, Fábio deixa o Cruzeiro como o atleta que mais vestiu a camisa celeste. Foram 34 pênaltis defendidos e 12 títulos conquistados: dois Brasileiros (2013 e 2014), três Copas do Brasil (2000, 2017 e 2018) e sete Campeonatos Mineiros (2006, 2008, 2009, 2011, 2014, 2018 e 2019).
Mesmo com a vontade de permanecer no clube, Fábio não concordou com os termos impostos pela nova direção da SAF (Sociedade Anônima de Futebol), comandada por Paulo André, Pedro Martins e Gabriel Felipe. A gestão gostaria de contar com o jogador apenas até o fim do Campeonato Mineiro, enquanto o atleta queria permanecer até o final da temporada de 2022.
O camisa 1 ainda garantiu que aceitou se adequar ao orçamento do Cruzeiro em 2022, além de repactuar os salários atrasados. Tudo em vão, segundo ele. "Deixei claro que sempre estive disposto a receber dentro do teto salarial, inclusive aceitando reduções do novo contrato acertado para 2022 com o Presidente Sérgio Rodrigues e ficar dentro do novo teto estipulado, mesmo assim, em vão".
Conforme a versão do Cruzeiro divulgada nesta quinta-feira, foi feito um "importante sacrifício econômico" para que Fábio seguisse na Toca até abril e encerrasse a carreira. A diretoria afirmou ao camisa 1 "que a proposta respeitava sua relevância e admirável história de 18 anos no clube".