Embora dentro de campo o Cruzeiro tenha decepcionado mais uma vez com a frustrante 14ª colocação da Série B, fora dele seu torcedor voltou a mostrar força. Com o fim da temporada nessa quarta-feira, após a decisão da Copa do Brasil, a Raposa confirmou o terceiro maior público do ano no país.
Em 25 de novembro, quando se despediu da última edição da Segunda Divisão, 60.700 torcedores compareceram ao Mineirão para o duelo contra o Náutico. A partida, que marcou a aposentadoria do atacante Rafael Sobis e a despedida do volante Ariel Cabral, acabou com empate por 0 a 0.
Mesmo praticando preços populares, o Cruzeiro conseguiu renda de cerca de R$ 1,3 milhão. O lucro daquele jogo, de acordo com o boletim financeiro divulgado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), foi de cerca de R$ 795 mil.
O sucesso de público no duelo diante do Náutico motivou o Cruzeiro a planejar um 2022 com preços populares durante toda a temporada. "Queremos que pelo menos 20, 25, às vezes até 30 mil ingressos por jogo sejam a preço popular porque entendemos que o apoio da torcida é fundamental", projetou o presidente Sérgio Rodrigues em pronunciamento no último dia 5.
Os dois maiores públicos de 2021 foram do Atlético, que levou os troféus do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil na melhor temporada de sua história. Na vitória por 4 a 3 sobre o Bragantino, pela 37ª rodada da Série A, 61.573 pessoas compareceram ao Mineirão. Já no triunfo por 2 a 0 sobre o Juventude, na 34ª rodada, 61.476 torcedores estiveram no Gigante da Pampulha.
Na reta final da Série A e nas partidas decisivas da Copa do Brasil, clubes como Corinthians, São Paulo, Fluminense, Flamengo, Fortaleza e Athletico-PR encheram seus estádios. Nada, no entanto, foi capaz sequer de chegar perto dos números da torcida do Cruzeiro contra o Náutico no Mineirão.