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Alexandre Mattos voltará ao Cruzeiro? O que sabemos sobre as negociações

Executivo é o favorito no clube para assumir gestão do departamento de futebol em 2022

21/11/2021 06:00 / atualizado em 21/11/2021 02:46
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Alexandre Mattos recebeu consulta do Vasco na última semana
foto: Global Football Management/Divulgação

Alexandre Mattos recebeu consulta do Vasco na última semana

O Cruzeiro tenta acelerar as negociações para ter Alexandre Mattos como executivo de futebol em 2022. O movimento se deu, especialmente, pela consulta recente ao profissional feita pelo Vasco, que será adversário da Raposa na próxima edição da Série B e demitiu Alexandre Pássaro no último dia 11.

De acordo com o Deus me Dibre , Mattos está perto de ser anunciado como novo responsável pelo futebol do Cruzeiro. O Superesportes confirmou que as conversas se intensificaram, mas apurou que ainda há divergências importantes a serem resolvidas antes da assinatura do contrato.

As contratações feitas pelo Cruzeiro com Alexandre Mattos na diretoria de futebol



1. Pedro Lourenço


As idas e vindas de Pedro Lourenço em relação à participação na gestão do Cruzeiro precisam ser resolvidas. O empresário, principal patrocinador do clube há muitos anos, é visto como peça fundamental para o retorno de Mattos. Há necessidade de um posicionamento definitivo de Pedrinho, como é conhecido o conselheiro, sobre quão dentro está do projeto.

Ainda que a formatação da Sociedade Anônima do Futebol dê esperanças - inclusive a Mattos - de um futuro mais cômodo financeiramente ao Cruzeiro, a avaliação é de que a entrada dos recursos pode demorar. Desta forma, a participação ativa de Pedro Lourenço seguirá decisiva, principamente no primeiro trimestre de 2022.

2. Transfer ban


É condição indispensável para Mattos retornar ao Cruzeiro a certeza de que o clube conseguirá, já no início do planejamento, encerrar o transfer ban imposto pela Fifa. O clube está impossibilitado de registrar reforços desde o fim de julho e só poderá voltar ao mercado caso pague R$ 13 milhões.

Em entrevista à TV Globo , nesse sábado, o CEO do Cruzeiro, Paulo Assis, afirmou que o clube ainda não tem condição de colocar um prazo para o pagamento desta dívida. "Como os valores são muito altos, não é uma engenharia fácil de solucionar", disse o dirigente à emissora. 

As dívidas cobradas na entidade máxima do futebol são pelas contratações do uruguaio Arrascaeta (cerca de R$ 7 milhões ao Defensor, do Uruguai) e do colombiano Riascos (cerca de R$ 6 milhões ao Mazatlán, do México). Ambos chegaram à Toca II em 2015, ainda na gestão do ex-presidente Gilvan de Pinho Tavares (2012-2017).

3. E os salários?


Uma das principais características dos trabalhos de Mattos é a boa relação com o vestiário. Na primeira passagem pela Toca da Raposa II, inclusive, o dirigente se notabilizou por defender funcionários e jogadores. A exemplo do técnico Vanderlei Luxemburgo, Mattos precisa acreditar que não faltará recurso para o pagamento em dia da folha. Até aqui não há essa certeza.

Na mesma esteira do transfer ban, a participação garantida de Pedro Lourenço seria fundamental para resolver esse problema rapidamente. Vale lembrar que, em 2021, o empresário já desembolsou quase R$ 20 milhões para ajudar o Cruzeiro a colocar os salários em dia. Ele ampliou o contrato de patrocínio e alugou andares da Sede Administrativa do clube para alocar departamentos do Supermercados BH. 

Trajetória


Mattos foi diretor de futebol do Cruzeiro de março de 2012 a dezembro de 2014. Nesse período, o clube conquistou duas edições do Campeonato Brasileiro (2013 e 2014) e uma do Mineiro (2014), além de ser finalista da Copa do Brasil de 2014.

Em 2015, o executivo foi trabalhar no Palmeiras, onde permaneceu até dezembro de 2019 e levantou mais três troféus: Copa do Brasil de 2015 e Série A de 2016 e 2018. Já em 2020, Mattos prestou uma espécie de consultoria de uma semana ao Cruzeiro antes de seguir para o Atlético, clube que deixou em janeiro de 2021.

Embora tenha ganhado o rótulo de "gastador", Alexandre teve experiência de montar elencos com poucos recursos. De 2005 a 2011, ele foi diretor do América, que conquistou a Série C, em 2009, e terminou a Série B de 2010 em quarto lugar.

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