Tinga chegou ao Cruzeiro em 2012. Com boas passagens por Borussia Dortmund e Internacional, onde foi bicampeão da Copa Libertadores, o veterano chegava à Toca da Raposa em um momento de transição do clube, que estava no início da gestão do presidente Gilvan de Pinho Tavares.
Em 2013 e 2014, o volante contribuiu com sua experiência e foi um dos líderes do elenco cruzeirense vencedor de duas edições consecutivas do Brasileirão. Aquele time, considerado um dos maiores da história do Cruzeiro, bateu recordes e encantou o Brasil com seu futebol.
Apesar das boas lembranças, uma das grandes decepções daquele período foi a eliminação celeste na Libertadores de 2014, quando a Raposa caiu nas quartas-de-final para o San Lorenzo.
Em entrevista ao
Flow Sport Club
, Tinga afirmou que o Cruzeiro não estava preparado para vencer aquele título e que hoje as coisas mudaram na competição.
"Em 2014, a gente não estava preparado para a Libertadores. O nosso tipo de jogo, no caso. O time de 2013 e 2014, que ganhou o Brasileiro, era um time extremamente agressivo. O jeito do Marcelo Oliveira jogar era com o time agressivo, mas não era um time pronto para a Libertadores. Isso naquela época. Hoje, na Libertadores, tendo qualidade, você ganha. Tem VAR, tem 300 câmeras. O pau pegava. Hoje, a qualidade predomina. Não dá pra agarrar o cara mais", revelou.
O ex-volante ainda citou o confronto entre Flamengo e Grêmio, no jogo volta da semifinal da Libertadores de 2019, como exemplo de demonstração que agora a qualidade vence. Na ocasião, os rubro-negros venceram por 5 a 0 e avançaram à final do torneio, onde foram campeões em cima do River Plate.
Após o bicampeonato brasileiro, Tinga permaneceu no Cruzeiro até 2015, quando anunciou sua aposentadoria do futebol. Em dezembro de 2016, retornou ao clube no cargo de gerente de futebol. Ele permaneceu como executivo da Raposa até o fim de 2017. Neste período conquistou a Copa do Brasil de 2017, seu primeiro troféu como dirigente.