O
Cruzeiro
registrou um aumento de R$58,9 milhões na sua despesa com “obrigações trabalhistas e sociais” no balanço do 1º semestre de 2021. O documento indica uma alta de 36% - de R$163,5 milhões, em 31 de dezembro de 2020, para R$222,4 milhões, em 30 de junho deste ano.
Dos R$222,4 milhões, R$148,5 milhões pertencem ao passivo circulante (com vencimento em até um ano) e R$73,9 milhões ao passivo não circulante (prazo superior a um ano). As obrigações correspondem principalmente a salários, encargos sobre a folha e rescisões.
O passivo em outras categorias também cresceu. Em “contas a pagar”, subiu de R$198,8 milhões para R$203,5 milhões. Em “provisão para contingências”, passou de R$158,2 milhões para R$171 milhões.
No balanço do 1º semestre, o Cruzeiro apresentou dois cálculos. O primeiro apontou um faturamento de R$90,8 milhões - sendo R$68,7 milhões com o futebol profissional - e uma despesa de R$159,3 milhões. O déficit, portanto, seria de R$68,5 milhões.
No segundo, o clube considerou somente as competências com efeito no caixa - ou seja, “empurrou para frente” algumas movimentações. Assim, o resultado foi um de prejuízo de R$12,5 milhões - R$74,1 milhões em receitas e R$86,6 milhões em despesas.
Os valores ajustados dos seis primeiros meses de 2021 mostraram grande diferença nos gastos com o futebol profissional, de R$92,8 milhões para R$65,7 milhões, e na área administrativa, de R$54,2 milhões para R$9,1 milhões.
Em compensação, o déficit acumulado evidencia a real situação do Cruzeiro: de R$921,1 milhões, em dezembro de 2020, para R$988,9 milhões, em junho de 2021.
Por fim, o débito de R$897 milhões chegou a R$962,5 milhões - R$390,1 milhões em curto prazo e R$573 milhões em longo prazo. O número foi obtido após o abatimento de R$143,5 milhões de "receitas a apropriar" do passivo de R$1,106 bilhão.
Por fim, o débito de R$897 milhões chegou a R$962,5 milhões - R$390,1 milhões em curto prazo e R$573 milhões em longo prazo. O número foi obtido após o abatimento de R$143,5 milhões de "receitas a apropriar" do passivo de R$1,106 bilhão.
A expectativa para 2022 é que o Cruzeiro se transforme em Sociedade Anônima do Futebol e atraia investidores dispostos a formar um time que suba à Série A. Só assim o clube atingirá quantias semelhantes a 2018, quando arrecadou R$330 milhões.