Vivendo a maior crise da história, o
Cruzeiro
parece ter apenas uma alternativa viável para continuar existindo: a venda de parte das ações da SAF para algum bilionário. Até o momento, a diretoria não conseguiu prospectar nenhum comprador.
De acordo com a imprensa internacional, há investidores no mercado procurando clubes. Depois de comprar o Newcastle United, o
Fundo de Investimentos Públicos da Arábia Saudita
mira a aquisição de outros três times. Um deles seria brasileiro, mas ainda não está definido.
Segundo o jornal italiano 'Libero Quotidiano', dois alvos já foram escolhidos: Inter de Milão , na Itália, e Olympique de Marseille , na França.
De acordo com a publicação italiana, os sauditas tem um plano a longo prazo de investir no futebol e ganhar visibilidade ao redor do mundo.
O jornal 'AS' publicou que o fundo já se encontrou com os donos da Inter. O preço pedido foi de 1 bilhão de euros (R$ 6,4 bilhões).
O Fundo de Investimentos Públicos da Arábia Saudita pagou 300 milhões de euros, cerca de R$ 2,2 bilhões, no Newcastle.
O
Conselho Deliberativo do Cruzeiro aprovou
, no dia 3 de agosto, a constituição da Sociedade Anônima do Futebol.
Com a SAF, o Cruzeiro formará uma empresa para gerenciar as atividades do futebol, poderá vender até 49% de suas ações no mercado e manterá a associação civil como sócio majoritário.
O conselho de administração da SAF administrará as atividades de futebol e se responsabilizará por nomear um CEO e uma diretoria. A composição do grupo será discutida no acordo de acionistas.
Assim, quase todos os ativos do Cruzeiro (direitos econômicos de atletas, direitos de transmissão, programa de sócio, publicidade e patrocínio) ficarão sob gestão empresarial. Por outro lado, imóveis e clubes de lazer continuarão como patrimônio da associação.
O valor das ações da SAF está sendo definido com auxílio da consultoria norte-americana Alvarez & Marsal. O Cruzeiro entende que, apesar das crises financeira e esportiva, a marca do clube é muito atrativa e pode gerar grande potencial de valorização.
De acordo com o Cruzeiro, os recursos arrecadados com a venda de participação na SAF serão destinados prioritariamente para o pagamento de dívidas mais onerosas, além de investimento no elenco e na infraestrutura dos centros de treinamentos.