O fim conturbado do jogo entre Cruzeiro e CSA, vencido pelo time alagoano por 2 a 1, neste domingo, no Independência, pela 22ª rodada da Série B, teve reflexos na súmula da partida. O árbitro Flávio Rodrigues de Souza relatou toda a confusão que envolveu jogadores das duas equipes, como o volante Adriano, da Raposa, e o lateral-direito Cristovam, do Azulão. Eles trocaram agressões, conforme o documento assinado pelo juiz, e foram expulsos depois da partida.
Na súmula, o árbitro alegou que os dois jogadores receberam o cartão vermelhor por trocarem socos e empurrões depois do jogo. O documento relata que o volante do Cruzeiro correu atrás do adversário e o agrediu, o que provocou o revide do lateral visitante. A partir dali, segundo o juiz, houve um tumulto na saída dos atletas, o que culminou em ação da PM com gás de pimenta para conter os ânimos e evitar briga generalizada.
Outro que recebeu o cartão vermelho foi o atacante Rafael Sobis, que entrou no segundo tempo e logo deixou o campo. Segundo o árbitro, ele foi expulso 'por insistir reclamando contra as decisões da arbitragem de maneira ostensiva e desrespeitosa, dizendo as seguintes palavras com o dedo em riste "não foi porra nenhuma mesmo".
O árbitro relatou o desfecho com tumulto e explicou a necessidade da intervenção da PM. "Informo que após o término da partida, devido ao fato das expulsões já relatados em campo próprio, houve tumulto generalizado envolvendo atletas de ambas as equipes iniciado nas imediações do campo de jogo, com continuidade na entrada do vestiário da equipe visitante e no estacionamento do estádio. Esclareço que houve a necessidade da intervenção do policiamento com a utilização de spray pimenta. Não houve possibilidade de identificar nenhum outro atleta envolvido."
A súmula pesada poderá provocar um problema a mais para o Cruzeiro na sequência da Série B do Brasileiro. Com o resultado negativo em casa, na volta da torcida, o time celeste ficou bem mais longe do sonhado acesso à elite. Há imagens de um copo sendo atirado no gramado, além de agressões verbais e objetivos lançados em direção ao técnico Mozart. Esses fatos, no entanto, não foram relatados pelo árbitro no documento oficial.