Na volta ao Independência, a torcida do Cruzeiro elegeu como alvo um velho conhecido: o técnico Mozart Santos, que dirigiu o time celeste entre junho e julho passado, pediu demissão e reassumiu o comando do CSA na sequência da Série B do Brasileiro. Antes mesmo de a bola rolar, o treinador de 41 anos foi muito vaiado pelos torcedores, ainda no aquecimento dos jogadores.
Logo que os times entraram em campo, Mozart voltou a ser perseguido pela torcida. Indiferente à reação da torcida, o treinador foi até o banco de reservas do Cruzeiro para cumprimentar integrantes da comissão, jogadores e Vanderlei Luxemburgo, que o sucedeu no comando da equipe celeste.
Mozart chegou ao Cruzeiro em 10 de junho, depois de a diretoria dispensar Felipe Conceição em virtude da eliminação para a Juazeirense na terceira fase da Copa do Brasil e do início na Série B com duas derrotas para Confiança (3 a 1) e CRB (4 a 3). Ele veio como aposta do diretor de futebol Rodrigo Pastana, com quem trabalhou justamente no CSA e quase obteve o acesso ao terminar a segunda divisão de 2020 em quinto, com 58 pontos - três a menos que Juventude e Cuiabá, terceiro e quarto colocados.
Mozart não conseguiu levar o time estrelado a bom rendimento e deixou o clube depois do empate com o Londrina (2 a 2), em BH. Ele pediu demissão em 30 de julho passado, após retrospecto de duas vitórias, sete empates e quatro derrotas em um mês e 20 dias de trabalho (33,33% de aproveitamento).
Adversários no Independência, Luxemburgo e Mozart são velhos conhecidos no mundo da bola. Em 2000, o treinador cruzeirense, à época na Seleção Brasileira, convocou o então volante do Flamengo para a disputa dos Jogos Olímpicos de Sydney, na Austrália. O Brasil avançou em primeiro lugar no Grupo D, que também tinha Japão, África do Sul e Eslováquia, porém caiu nas quartas de final ao perder por 2 a 1 para Camarões, que passou pelo Chile na semifinal e faturou a medalha de ouro com vitória sobre a Espanha nos pênaltis.