Mesmo com todos os protocolos desegurança pré-determinados pela prefeitura de Sete Lagoas, alguns torcedores do Cruzeiro desrespeitaram as normas no jogo diante da Ponte Preta, na Arena do Jacaré, com presença de público. Dentro e fora do estádio, muitos deles abriram mão da proteção e do isolamento, o que aumenta a chance de contágio.
Agentes da Guarda Municipal de Sete Lagoas e da Vigilância Sanitária, além de seguranças particulares contratados pelo Cruzeiro, atuaram para evitar que o público se aglomerasse na porta do estádio.
Apesar disso, houve tumulto próximo às catracas, sobretudo no momento de revisão dos testes ou do cartão de vacina que comprovassem as duas doses recebidas - uma das exigências para a liberação do público. Muitos não usaram máscara.
Dentro do estádio, o panorama foi o mesmo. Para buscar a melhor visão do gramado, torcedores se aglomeraram nas cadeiras centrais, contrariando as orientações iniciais, também sem o uso de máscara.
A prefeitura de Sete Lagoas garantiu que o panorama do coronavírus na cidade assegura a presença da torcida. Até o momento, o município teve 23.228 casos e 607 mortes pela doença. O sistema de saúde da cidade teve um respiro e conta com 15 internados, sendo nove na UTI e seis na enfermaria.
Pelo acordo com a diretoria do Democrata-SL, o Cruzeiro mandará o jogo contra o Operário-PR, quinta-feira (16/9), também na Arena do Jacaré. Com a liberação da volta do público em Belo Horizonte, a equipe pode voltar a atuar no Mineirão a partir do dia 26, diante do CSA.
A torcedora Aniele Cristine Furtado, de 26 anos, procurou seguir as normas ao usar a proteção durante todo o tempo em que esteve na partida. Integrante da organizada Fanati-Cruz, que foi com 100 integrantes à Arena do Jacaré, ela lembra que a doença ainda assola a vida dos brasileiros.
"Acho extremamente necessária a volta da torcida pelo momento que o Cruzeiro vive. Com os números em baixa, é possível liberar a presença do público. Claro que temos de tomar muito cuidado, usar máscaras o tempo todo e não esquecer que estamos ainda dentro de uma pandemia".