Em 14º lugar na Série B, com 25 pontos, o Cruzeiro se prepara para a sequência de jogos de setembro, a ser iniciada contra o vice-líder Goiás (38), às 21h30 de terça-feira (7), no estádio da Serrinha, em Goiânia, pela 22ª rodada. Posteriormente, o time terá dois compromissos em casa: Ponte Preta, às 11h de sábado (11), e Operário, às 19h de quinta-feira (16). As partidas podem ser transferidas de Belo Horizonte para Sete Lagoas, que liberou a presença de público limitada em 30% da capacidade da Arena do Jacaré, após o município de 244 mil habitantes entrar na onda verde no programa de enfrentamento à COVID-19.
Diante de Ponte Preta e Operário, o clube espera receber 3.900 torcedores no estádio em Sete Lagoas, originalmente construído com 18 mil lugares, porém podendo comportar até 13 mil pessoas atualmente. No domingo (19), a Raposa sairá para enfrentar o Vasco, no Rio de Janeiro. Depois, retornará a Minas Gerais, onde medirá forças com o CSA, no domingo (26), e deixará novamente o estado visando ao embate com o Guarani, quarta-feira (29), em Campinas, pela 27ª rodada.
Ainda sonhando com o acesso à primeira divisão do Campeonato Brasileiro - 10 pontos de distância do Botafogo (4º) -, o Cruzeiro tem como trunfo a invencibilidade com Vanderlei Luxemburgo, que obteve três vitórias e três empates (66,66% de aproveitamento). Diante do Goiás, o treinador de 69 anos completará 133 partidas e se isolará na 14ª posição entre os profissionais que mais dirigiram o clube. Logo acima estão Gérson Santos (13º - 134), Carlos Alberto Silva (12º - 135) e Bengala (11º - 136).
Uma das peças importantes da escalação definida por Luxemburgo é Giovanni, articulador do meio-campo na troca de passes, em lançamentos e nos chutes de média e longa distância. Curiosamente, ele carrega boas lembranças da passagem pelo Goiás, 4º na Série B de 2018, com 60 pontos, e promovido à elite nacional de 2019. Na ocasião, o armador marcou cinco gols e deu oito assistências em 33 jogos.
Quem também vestiu a camisa do Verdão da Serra foi Eduardo Brock, que inclusive anotou um gol de falta no Campeonato Goiano de 2018, o primeiro da vitória por 3 a 0 sobre o Grêmio Anápolis, pela nona rodada do Grupo B. Na Toca, o zagueiro espera calibrar o pé nos arremates de bola parada. “Já fiz gol de falta na minha carreira, mas quero fazer pelo Cruzeiro. Tomara que seja no próximo jogo, se tiver oportunidade, com certeza vou querer bater e ter a chance de fazer novamente”.
Retrospecto
Cruzeiro e Goiás vão se enfrentar pela 57ª vez na história. Dados disponibilizados pelo site Cruzeiropedia apontam 31 vitórias, 11 empates e 14 derrotas, com 74 gols marcados e 53 sofridos. Considerando os dez encontros recentes, a supremacia azul é ainda maior: oito triunfos, um empate e apenas um revés.
Em 1979, os clubes protagonizaram um jogo com 14 expulsões - sete para cada lado - pelo Campeonato Brasileiro. Segundo o Almanaque do Cruzeiro, o motivo para tantos cartões vermelhos foi uma briga generalizada depois que o árbitro carioca Aluísio Felisberto Silva assinalou um pênalti inexistente para os goianos e ignorou uma agressão sofrida pelo defensor cruzeirense Marquinhos. No estádio Serra Dourada, a equipe mandante ganhou por 3 a 1, gols de Pastoril, Heber e Ramon. Roberto César converteu o tento de honra azul.
Em 1990, o Goiás eliminou o Cruzeiro na primeira fase da Copa do Brasil com empate por 0 a 0, no Mineirão, e vitória por 4 a 0, no Serra Dourada. O esmeraldino chegou à decisão do torneio, mas perdeu para o Flamengo. Já em 2003, foi a vez da Raposa avançar na semifinal com vitórias por 3 a 2, em Goiânia, e 2 a 1, no Mineirão. Comandado justamente por Vanderlei Luxemburgo, o time conquistou a competição pela quarta vez ao superar o Flamengo na finalíssima.