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Saiba quais são os cenários possíveis se Mozart deixar o Cruzeiro

Treinador admitiu pressão intensa após derrota para o Remo, em Belém

21/07/2021 18:29 / atualizado em 21/07/2021 19:52
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Série de resultados ruins pode determinar saída de Mozart do Cruzeiro
foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Série de resultados ruins pode determinar saída de Mozart do Cruzeiro



O Cruzeiro vive, mais uma vez, um grande drama em meio à disputa da Série B do Campeonato Brasileiro. Sem vencer há sete partidas - três derrotas e quatro empates -, o time poderá mudar de treinador pela segunda vez em 2021 - Felipe Conceição comandou a equipe entre fevereiro e junho. 



Nessa terça-feira, após o revés por 1 a 0 para o Remo, no Estádio Baenão, em Belém, no Pará, o atual dono do cargo, Mozart, admitiu que entende a pressão pela troca de comando. Ele foi defendido, no entanto, por líderes do elenco celeste como o meia Rômulo e o atacante Rafael Sobis. 



Como a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) mudou a regra nesta temporada em relação ao número de trocas no comando técnico durante a competição (veja detalhes abaixo), o Superesportes explica quais são os cenários possíveis caso a saída de Mozart se confirme.

Vale lembrar que o Cruzeiro tem pela frente o compromisso diante do Vila Nova, já neste sábado, às 16h30, no Estádio Onésio Brasileiro Alvarenga, também conhecido como OBA, em Goiânia-GO.

Pedido de demissão


Se Mozart se demitir do cargo ou entrar em um consenso para a saída, o Cruzeiro poderá contratar um novo treinador. Esse é o desejo da maioria dos conselheiros, que intensificaram a pressão ao presidente Sérgio Rodrigues após a sequência de resultados negativos na Série B.

A vontade dos associados e também de investidores é que o Cruzeiro aposte, assim como fez com Felipão no segundo turno da Série B de 2020, em um nome de maior experiência. Pedro Lourenço, principal mecenas do clube, quer Vanderlei Luxemburgo ou Dorival Júnior, a exemplo do que sugeriu no mês passado, após a saída de Felipe Conceição.

Luxemburgo recebeu uma consulta informal do Cruzeiro nesta quarta-feira. A informação, divulgada inicialmente pelo Uol, foi confirmada pela reportagem. Oficialmente, o clube não comenta eventuais negociações no mercado da bola. 

Contudo, Mozart tem reforçado em suas declarações que não pedirá demissão. O bom relacionamento do treinador com Rodrigo Pastana, executivo de futebol do Cruzeiro e responsável por sua chegada à Toca, é um trunfo da Raposa para negociar os moldes da saída caso a decisão pela mudança de comando seja tomada. 

Demissão sem 'justa causa'


O artigo 29 do Regulamento Específico de Competições (REC), da CBF, diz que "somente será permitida uma demissão de treinador sem justa causa, por iniciativa do clube" durante a Série B. Como já desligou Felipe Conceição no mês passado, o Cruzeiro não poderia contratar mais um treinador caso demita Mozart. 

Quem assumiria?


O mesmo artigo do REC diz que, caso o clube demita dois técnicos durante a competição, "deverá necessariamente utilizar um treinador registrado há pelo menos seis meses no clube". Auxiliar da comissão técnica fixa do Cruzeiro desde fevereiro, Juliano Belletti só poderia assumir o cargo, portanto, a partir de agosto.

Nos períodos em que ficou com o cargo de treinador vago em 2020, o Cruzeiro teve no banco de reservas o ex-zagueiro Célio Lúcio, que ocupou o posto de auxiliar até fevereiro deste ano. Hoje, ele é coordenador de transição. A reportagem não conseguiu confirmar se o profissional segue com registro ativo na CBF. 

Entre os treinadores da base, o trabalho que mais chama atenção é o de Mário Henrique, do Sub-17. O profissional acumula passagens por Mirassol-SP, Internacional e Cuiabá, clube em que também atuou como auxiliar-técnico da equipe principal. O profissional, no entanto, foi contratado apenas em fevereiro e só completa seis meses de registro em agosto.

O técnico do sub-20, que chegou ao Cruzeiro em janeiro, é o experiente Paulo Ricardo, com passagens por Bahia, Corinthians, Ponte Preta e América - sempre nas categorias de base. Paulo completou, neste mês, o período exigido pela Confederação Brasileira de Futebol para comandar a equipe.

Manobra na regra?


Uma possibilidade aventada por pessoas do futebol quando a regra foi criada, antes do início da competição, é de uma manobra. O clube poderia ter um auxiliar oficialmente como técnico, mas contratar outro profissional da sua preferência no mercado para executar de fato a função no dia a dia. 

O Athletico-PR vive situação parecida nos duelos pela Copa Sul-Americana. O treinador de fato é Antônio Assunção, mas as súmulas são assinadas pelo dirigente Paulo Autuori, já o português não tem a licença da CBF. A estratégia também foi utilizada durante o Campeonato Brasileiro, no primeiro semestre, mas acabou solucionado pelos paranaenses.

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