Questionado depois do jogo sobre o sentimento da vitória e se o ambiente em Belém propicia resultados não alcançados na Toca da Raposa II, Conceição desconversou. Sempre citando a 'instituição Cruzeiro', exaltou o clube e evitou polêmicas.
"Não vou falar sobre meu trabalho anterior porque já falei e já passou. A vitória sobre uma grande instituição como é o Cruzeiro, e tive a honra de ser treinador lá, posso falar, é importante para o Remo. Isso é o que significa a vitória de hoje", avaliou.
"Importante para a gente fugir da zona de rebaixamento, os três pontos numa sequência. O respeito que tenho pela instituição Cruzeiro e a honra que eu tive de ser treinador fica na minha carreira, assim como o carinho da torcida cruzeirense", complementou Conceição, que alcançou a terceira vitória consecutiva no comando do Remo.
Felipe Conceição deixou o Cruzeiro com 47,36% de aproveitamento em 19 jogos. Foram oito vitórias, três empates e oito derrotas, com 21 gols marcados e 18 sofridos. Na Toca da Raposa II, o treinador não conseguiu repetir o bom trabalho a serviço do América, que saiu da zona de rebaixamento da Série B de 2019 e brigou pelo acesso até a última rodada (ficou em 5º, com 61 pontos).
Em 5 de julho, pouco menos de um mês após sua saída do Cruzeiro, Conceição acionou o clube na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Ele alegou que o Cruzeiro não fez o acerto das verbas rescisórias, nem assinou os documentos para a rescisão.
Felipe não concordou em assinar um distrato em que dizia que decisão foi em 'comum acordo', por entender que havia sido demitido do Cruzeiro. O clube, por sua vez, garante que "houve consenso entre as partes de que o ambiente não era dos melhores e, em comum acordo, se optou pela não continuidade do trabalho".
Após exigência da CNRD, o Cruzeiro acabou publicando a rescisão contratual do treinador em 7 de julho.