Estiveram na reunião os presidentes do clube e do Conselho Deliberativo, Sérgio Santos Rodrigues e Nagib Simões, além de membros da diretoria executiva e do órgão colegiado. Outras lideranças do Cruzeiro, como o ex-vice-presidente José Maria Fialho, o atual vice, Lidson Potsch, e o ex-deputado federal Aloísio Vasconcellos também participaram do encontro.
Membros da direção e da cúpula do Conselho entraram em um acordo sobre a minuta que será apresentada aos conselheiros em reunião extraordinária que acontecerá em 3 de agosto, no Parque Esportivo do Barro Preto, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Os conselheiros serão convidados para votar "a alienação de 49% do capital social à eventuais investidores, fundamentada em avaliação de mercado realizada por empresa multinacional especialmente contratada para este fim".
Desde a convocação, o Conselho Deliberativo deixará claro aos seus associados que os bens imóveis e as instalações dos CTs permanecerão de propriedade do Cruzeiro, "podendo as mesmas serem alugadas, arrendadas, cedidas em comodato ou quaisquer outras relações comerciais da espécie".
O documento de convocação, que será distribuído nas próximas horas aos conselheiros, ainda garante que serão preservados os signos do Cruzeiro como nome, marca e símbolos.
Impeachment descartado e outros temas
A reportagem conversou com conselheiros que participaram da reunião desta segunda-feira. O possível impeachment do presidente Sérgio Santos Rodrigues, conforme cobram associados que protocolaram um pedido na última semana, nem sequer entrou em debate. "Fora de cogitação", garantiu um importante nome do Conselho Deliberativo.
A busca por "melhor entrosamento" entre direção executiva e Conselho Deliberativo também foi pauta do encontro. Nos últimos meses, conselheiros se queixaram do fato de Sérgio Rodrigues não ouví-los para tomada de decisões. Um participante do encontro relatou a insatisfação ainda grande dos associados com a escolha de Mozart para vaga de Felipe Conceição no comando técnico do time.
O Cruzeiro vive a pior crise da história. Fora de campo, o clube atrasa contas básicas, como salários, além de ter uma dívida de quase R$1 bilhão. Dentro das quatro linhas, a equipe ocupa a modesta 16ª colocação da Série B do Campeonato Brasileiro, com 11 pontos em 12 jogos, e luta para não cair para a Terceira Divisão.