A audiência entre o Cruzeiro e o lateral-direito Edilson na 44ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte terminou sem acordo. O clube apresentou uma oferta de R$5.393.332,00 e parcelamento das verbas rescisórias em 53 vezes a partir de janeiro de 2022.
Contudo, o jogador e o seu representante fizeram uma contraproposta de R$8.065.741,21, com o primeiro pagamento 30 dias após a homologação. Assim, a conciliação acabou recusada.
A juíza Maritza Eliane Isidoro agendou audiência para encerramento de instrução no dia 27 de agosto, às 11h, sem a necessidade de comparecimento das partes.
Oferta do Cruzeiro recusada por Edilson
Oferta do Cruzeiro recusada por Edilson
Da 1ª até a 12ª parcela no valor de R$28.760,89
Da 13ª até a 18ª no valor de R$55.727,54
Da 19ª até a 24ª no valor de R$82.694,00
Da 25ª até a 35ª no valor de R$109.660,86
A 36ª no valor de R$136.627,52
Da 37ª até a 48ª no valor de R$163.594,17
Da 49ª até a 51ª no valor de R$190.560,83
Da 52ª até a 53ª parcela no valor de R$217.527,49
Edilson processou o Cruzeiro há quase um mês cobrando inicialmente R$9,2 milhões, mas com possibilidade de chegar a R$13,2 milhões em caso de aplicação de multas. O motivo da ação é o não cumprimento do clube na rescisão assinada em junho de 2020.
Cruzeiro e Edilson fizeram acordo amigável no início da administração do presidente Sérgio Santos Rodrigues. Nas tratativas, segundo a defesa do lateral, houve concordância do clube em pagamento de R$4.599.234,40 em 30 parcelas de R$153 mil, além de R$921.765,60 de FGTS. Todavia, nenhum valor foi quitado.
Edilson foi contratado pelo Cruzeiro na gestão do ex-presidente Wagner Pires de Sá e do ex-vice-presidente de futebol Itair Machado. Ele chegou ao clube no início de 2018 em negociação que envolveu as transferências de Alisson e Thonny Anderson para o Grêmio.
Apesar de ter se sagrado campeão da Copa do Brasil (2018) e do Campeonato Mineiro (2018 e 2019), o lateral não conseguiu cair nas graças dos torcedores, sendo por várias vezes substituído em sua posição pelo volante Lucas Romero. Com a camisa celeste, disputou 75 jogos e marcou três gols (dois de falta e um de pênalti).
Em 2019, Edilson integrou o grupo na campanha que decretou o rebaixamento celeste à segunda divisão. O Cruzeiro terminou o Brasileiro em 17º lugar, com 36 pontos (sete vitórias, 15 empates e 16 derrotas), e encerrou um ano manchado por suspeitas de corrupção na administração de Wagner Pires de Sá.