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Cruzeiro: advogado já esperava calote e alerta para risco de rebaixamento

Caso não pague a dívida por Arrascaeta, Raposa pode sofrer novas sanções

30/06/2021 14:56 / atualizado em 30/06/2021 17:13
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Sérgio Santos Rodrigues ainda não conseguiu resolver todos os problemas do Cruzeiro
foto: Igor Sales/ Cruzeiro

Sérgio Santos Rodrigues ainda não conseguiu resolver todos os problemas do Cruzeiro



Para tristeza dos torcedores celestes, a crise do Cruzeiro não acaba nunca. Um novo episódio ganhou as manchetes nesta quarta-feira. O clube foi punido pela Fifa e está proibido de registrar novos jogadores por não quitar a dívida de cerca de R$ 7 milhões com o Defensor, do Uruguai, pela compra de Arrascaeta em 2015. O advogado do clube uruguaio, Eduardo Carlezzo, disse que já esperava o calote e alertou para o risco de rebaixamento.

"Esse é um caso que está se arrastando por um bom tempo, pois trata-se de dívida antiga. Conhecedores da situação do Cruzeiro, não tínhamos expectativa quanto ao pagamento, portanto apenas esperamos os 30 dias vencerem para pedirmos a execução da punição", disse Carlezzo, em entrevista ao Superesportes.

"Eu mantenho contato com o CEO do clube, Paulo Assis, que é um profissional competente e a quem eu respeito muito, porém sabemos do alto endividamento do clube e que as alternativas são limitadas", acrescentou o advogado.

O Cruzeiro ficará proibido de registrar novos jogadores até fazer o pagamento da dívida. Caso siga sem pagar após três janelas, o clube pode perder pontos ou ser rebaixado, explica Carlezzo.

"Essa punição ficará vigente pelas próximas três janelas de transferência ou até que o Cruzeiro pague. Caso não pague ao final deste período, a gravidade da sanção aumentará, podendo ser aplicável a perda de pontos ou o rebaixamento", afirmou o advogado.

O Cruzeiro contratou Arrascaeta em janeiro de 2015. A negociação naquela época já despertou polêmica, porque o clube celeste aceitou pagar 4 milhões de euros pelo camisa 10 (R$ 12 milhões na cotação daquela época), além de US$ 3,4 milhões (R$ 9 milhões) pelo desconhecido atacante Latorre por exigência do empresário Daniel Fonseca.

O então presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, aceitou o negócio, que foi conduzido por Valdir Barbosa. Latorre nunca jogou profissionalmente pelo time celeste, que pagou R$18,5 milhões ao Atenas, do Uruguai, em maio de 2019.

Dívidas pagas pelo Cruzeiro na Fifa


Outro risco de rebaixamento


No ano passado, o time celeste começou a Série B com menos seis pontos por não ter pagado o Al Wahda pelo empréstimo de seis meses do volante Denilson. O Cruzeiro ainda não pagou esta dívida. Caso não pague o clube dos Emirados Árabes Unidos, a Raposa corre o risco de ser punida com o rebaixamento. Ainda não há data final para quitar este valor.

Em setembro do ano passado, o Cruzeiro já tinha sido impedido de registrar atletas em função de uma dívida com o Zorya, da Ucrânia, pela compra do atacante Willian, em 2014. O clube pagou os ucranianos em outubro

Em novembro de 2020, o Cruzeiro voltou a ser punido pela Fifa e não conseguiu registrar jogadores em razão de uma dívida com o PSTC, agremiação de futebol do interior do Paraná, pelo zagueiro Bruno Viana. Em fevereiro deste ano, o Cruzeiro quitou o valor.
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