O Cruzeiro promoveu nesta segunda-feira um encontro entre dirigentes e empresários para discutir a intenção de transformar o clube em empresa. Por meio de nota no site oficial, a Raposa informou que "os presentes na reunião farão parte de um grupo de discussão permanente e se mostraram dispostos a auxiliarem nas conversas sobre captação, governança e demais diretrizes que permeiam o projeto".
Participaram do debate os empresários Emílio Brandi (Grupo Nova Safra), Paulo Henrique Pentagna Guimarães (Banco BS2), Ícaro Vilar (Cartão de Todos) e Clésio Andrade, ex-presidente da Confederação Nacional do Transporte, e dos conselhos do Sest e Senat.
Já a diretoria do Cruzeiro contou com Sérgio Santos Rodrigues (presidente), Paulo Assis (diretor de operações), André Argolo (diretor executivo de esportes), Flávio Boson (superintendente jurídico) e Rodrigo Moreira (superintendente de comunicação, inovação e digital), além do advogado Tiago Fantini, do Comitê de Governança, Gestão e Compliance do clube.
Completaram a mesa Pedro Daniel e Gabriel Souza, representantes das consultorias Ernst & Young e Alvarez & Marsal; e o presidente do Conselho Deliberativo da Raposa, Nagib Geraldo Simões.
Completaram a mesa Pedro Daniel e Gabriel Souza, representantes das consultorias Ernst & Young e Alvarez & Marsal; e o presidente do Conselho Deliberativo da Raposa, Nagib Geraldo Simões.
No comunicado, o Cruzeiro afirmou que pretende receber outros empresários, como Aquiles Diniz, Régis Campos e Vittorio Medioli. O convite também foi estendido a Pedro Lourenço, dono do Supermercados BH e principal parceiro celeste.
Em razão de discordâncias com algumas decisões de Sérgio Rodrigues, Pedrinho resolveu se afastar do departamento de futebol do clube. Na última sexta-feira, ele afirmou ao jornalista Jaime Júnior, da TV Globo, que não compareceria ao encontro desta segunda.
Em razão de discordâncias com algumas decisões de Sérgio Rodrigues, Pedrinho resolveu se afastar do departamento de futebol do clube. Na última sexta-feira, ele afirmou ao jornalista Jaime Júnior, da TV Globo, que não compareceria ao encontro desta segunda.
À espera da aprovação do Projeto de Lei 5516/2019, em tramitação na Câmara dos Deputados, o Cruzeiro precisaria realizar uma assembleia no Conselho para aprovação do clube-empresa, conforme determinação de seu Estatuto. A instituição ainda teria de ser acionista majoritária, ao passo que os investidores ficariam no máximo com 49%.
A transformação do Cruzeiro em Sociedade Anônima do Futebol (SAF) é considerada a melhor saída para a resolução dos problemas financeiros da instituição, que está pelo segundo ano seguido na Série B do Campeonato Brasileiro e tem potencial de arrecadação muito inferior ao tamanho de sua dívida. O balanço do exercício de 2020 contabilizou um passivo de R$897 milhões, ante um faturamento inferior a R$120 milhões.