Antes de Conceição (fevereiro a junho de 2021), ocuparam o posto Enderson Moreira (março a setembro de 2020) - contratado ainda pelo ex-presidente José Dalai Rocha, mas demitido por Sérgio -, Ney Franco (setembro a outubro de 2020) e Luiz Felipe Scolari (outubro de 2020 a janeiro de 2021). Com as frequentes mudanças, o Cruzeiro tem, desde o início da atual administração, média de um treinador a cada três meses.
No último dia 29, em pronunciamento, o presidente elogiou a garra do Cruzeiro no primeiro jogo na Série B do Campeonato Brasileiro. “A gente sabe que, por causa do resultado, muita gente vem achar que está tudo errado, que está ruim, e não está. A gente tem que melhorar e vamos melhorar”, garantiu Sérgio após a derrota celeste por 3 a 1 para o Confiança, em Aracaju, Sergipe.
“Acho que o espírito que a gente viu aqui no vestiário, depois do jogo, no intervalo, como os atletas estão se sentindo, o que buscam, isso prova que nossa caminhada é longa. Eu sempre falo que o importante é como termina e não como começa. Não é porque começa aqui desta forma aqui que a gente tem que desanimar”, complementou na ocasião.
Onze dias depois, já com a derrota por 1 a 0 para a Juazeirense e a eliminação da Copa do Brasil nos pênaltis (3 a 2), Sérgio adotou outro discurso e criticou a falta de resultados. Em novo pronunciamento, ele afirmou que o “Cruzeiro não pode admitir” duas derrotas seguidas na Série B, além de uma saída precoce no torneio mata-mata.
“Começar o Brasileiro, que sempre foi nosso objetivo, com duas derrotas, nunca foi uma coisa que o Cruzeiro pode admitir”, disse. "A gente tem que corrigir o rumo enquanto estamos no começo, enquanto ainda temos tempo. Em razão disso, a gente conversou com o Felipe (Conceição) aqui e demos a descontinuidade ao trabalho dele”, complementou.
Comparações com Wagner
Em 2019, último ano da gestão do ex-presidente Wagner Pires de Sá, o Cruzeiro também trocou de treinador com muita frequência. Naquela temporada, que marcou o rebaixamento do clube à Série B do Campeonato Brasileiro, foram quatro profissionais. Entre janeiro e dezembro, passaram pelo cargo Mano Menezes, Rogério Ceni, Abel Braga e Adilson Batista.
Direção também é rotativa
Não só no posto de treinador as mudanças no Cruzeiro se tornaram constantes. Na direção, a alta rotatividade se repete. Contratado na última semana, Rodrigo Pastana, ex-CSA, é o quarto executivo de futebol na gestão de Sérgio Rodrigues.
Antes dele, ocuparam o cargo Ricardo Drubscky - contratado pelo ex-presidente José Dalai Rocha, mas demitido por Sérgio -, Deivid, hoje diretor-técnico do clube, e André Mazzuco, que optou pela saída no fim do mês passado após receber convite do Santos.