O Cruzeiro tem todo o direito de reclamar da arbitragem comandada por André Rodrigo Rocha, da Federação de Tocantins, na derrota por 3 a 1 para o Confiança, neste sábado, no estádio Batistão, em Aracajú (SE). Porém, os erros não podem de forma alguma encobrir as falhas cometidas pelos próprios jogadores celestes, que mostraram muito brio, principalmente depois de o time ficar com nove jogares em campo, mas também foram responsáveis pelo resultado negativo.
Mesmo quando esteve com 11 jogadores em campo, o Cruzeiro teve o controle da bola, mas pouco agrediu o adversário. O problema vem desde a temporada passada e ainda precisa ser corrigido por Felipe Conceição, que tem buscado soluções, mas ainda vê o time pouco incisivo, ainda que se leve em conta a “ansiedade da estreia”, como justificou o treinador.
Um dos maiores problemas na estreia foram as bolas cruzadas para a área. Afinal, o time não tem um centroavante na área, o que facilitou demais o trabalho dos defensores do Confiança. Quando conseguiu finalizar, o fez errado, como ocorreu com Matheus Pereira, ainda no primeiro tempo.
De positivo, ressalte-se o empenho dos jogadores durante todo o segundo tempo. O Cruzeiro conseguiu o empate e por pouco não virou o jogo, mas o fato de ter recuado demais para tentar garantir um ponto acabou permitindo ao adversário, que é limitado, diga-se, se lançar quase todo ao ataque, fazendo o segundo e o terceiro gols.
Claro que ainda há muita coisa pela frente em 2021. Mas que os cruzeirenses tenham consciência que, às vezes, será necessário superar até a arbitragem para conquistar os três pontos.