Leo deixa o clube com quatro troféus nacionais: dois da Copa do Brasil (2017 e 2018) e dois do Campeonato Brasileiro (2013 e 2014). Além disso, foi campeão estadual em quatro oportunidades (2011, 2014, 2018 e 2019).
Grandes momentos de Leo no Cruzeiro
"Cheguei com 22 anos, estou com 33, são 11 anos. Cheguei imaturo, novo, com muitas expectativas no coração, mas não passou na minha cabeça que eu pudesse levantar dois Brasileiros e duas Copas do Brasil, quatro títulos nacionais. Muitos clubes brasileiros lutam e se esforçam, e poder conquistar é uma grande vitória, grande honra. Clube com história gigantesca, você cumprir e chegar a marcas histórias também. Nos últimos 30 anos, ser um dos poucos jogadores com 400 jogos com esta camisa, para mim é uma honra, uma alegria. Chegar nesta prateleira de tantas vitórias, tantos títulos é um orgulho muito grande", disse.
Torcedor e jogador
Natural de Belo Horizonte e criado no bairro Eldorado, em Contagem, Leo é cruzeirense desde a infância. Apesar disso, ele começou a carreira nos profissionais do Grêmio, em 2007. No clube gaúcho, participou de 117 jogos (60 vitórias, 28 empates e 29 derrotas) e marcou 10 gols.
Em dezembro de 2009, foi anunciado pelo Palmeiras em troca do empréstimo do defensor Maurício, além da redução de parte (R$ 6,5 milhões) de uma dívida de R$ 8 milhões do Grêmio com o time paulista. No Verdão, o zagueiro ficou pouco tempo. Foram apenas 23 jogos e três gols marcados.
Para contar com Leo, o Cruzeiro pagou R$ 1 milhão ao Palmeiras, além da cessão do zagueiro Leandro Amaro. Na época, ele tinha 22 anos e estava em baixa no Verdão. No Cruzeiro, conseguiu construir uma história de títulos e muito respeito.
"É um clube que faz parte grandemente da minha história, história de vida, história familiar. Vários títulos foram conquistados com essa camisa. Poder marcar história neste clube, poder registrar nosso nome na história, com títulos marcantes, Brasileiro, Copa do Brasil, para mim foi um ciclo vitorioso, feliz, tenho uma gratidão muito grande, gratidão pela torcida com a qual me identifico e me tornei durante muitos anos um representante dela dentro de campo. Tentei fazer meu melhor com suor, com sangue e com lágrimas também. Nas batalhas, poder ajudar a escrever páginas heroicas e imortais, fico muito feliz, muitas alegrias, muitas conquistas, muitas amizades, poder deixar um legado para as pessoas, para os funcionários, para os meninos, para outros atletas, e um clube tão grande. O mais importante é o propósito de deixar um legado, que outros possam colher os frutos e possam usufruir desses frutos também. O Cruzeiro é uma história muito linda, muito grande, e eu fico muito honrado de poder vestir esta camisa, de poder ajudar este clube", disse.
"Eu era um torcedor no meio da multidão, no meio desses 9 milhões de torcedores. Ali eu via a minha paixão, a minha euforia de ser torcedor a cada jogo. Mas depois ser o representante dentro de campo é algo bem diferente, é uma responsabilidade muito grande, é uma exigência muito grande, porque é um grande clube e você representar esses 9 milhões de torcedores, esse número de pessoas gigantesco, e muitas vezes passa um filme de você na arquibancada e dentro de campo, e você tenta fazer sempre o melhor. A perfeição é difícil, mas a excelência é possível, então foram anos de muito profissionalismo, dedicação, caráter, muito respeito. E tudo isso deu frutos e grandes histórias. Poder vivenciar isso vai ficar marcado o resto da vida", acrescentou.
Legado
Em 11 anos de Cruzeiro, Leo acredita que conseguiu deixar um legado positivo. "Eu acredito ter deixado legado de caráter, união, profissionalismo, entrega, legado de você ser um cara simples, humilde, respeitar todos as pessoas, do porteiro ao presidente, você sempre está para agregar, para ajudar, sempre dando a cara, sempre à disposição, para sempre cumprir o objetivo, que é sempre conquistado nos detalhes, de cuidar de pessoas, ouvir para as coisas fluírem da melhor maneira possível", destacou.