Eduardo Costa disse que quer voltar a frequentar o Mineirão após a pandemia
O cantor Eduardo Costa disse que pretende voltar a frequentar o Mineirão em jogos do Cruzeiro após a pandemia de COVID-19. Em entrevista à Rádio Liberdade FM na última segunda-feira (3), o compositor comentou a sua experiência no Gigante da Pampulha, elogiou o presidente da Raposa, Sérgio Santos Rodrigues, e destacou que os atleticanos eram mais "barulhentos" que os cruzeirenses quando ainda havia clássico com torcidas divididas - 50% das arquibancadas para cada clube.
"Eu fui cruzeirense fanático de discutir com atleticano, já tem um tempo, mas de dez anos. Eu era frequentador assíduo do Mineirão. Eu sempre achei que a torcida do Atlético era muito mais barulhenta que a do Cruzeiro. A torcida do Cruzeiro era uma torcida mais... Não sei. Quando você entra no campo, por exemplo, a torcida do Galo fazia um barulho ensurdecedor. Entendeu? Eu nunca fui em outros jogos com aquela energia. Fui em muitos clássicos no Mineirão, nunca fui em jogo fora do Mineirão. Fui em um jogo lá na Espanha, Barcelona e Real Madrid, mas não é a mesma coisa, é outra coisa, outro tipo de torcida, muito chatinho", disse.
O cantor afirmou que a torcida organizada Galoucura metia medo nele em dia de clássico. "Quando a gente entrava no Mineirão, que a gente via a Galoucura do outro lado, aquele povo ali, cara. Mesmo você sendo da torcida contrária, rapaz, aquilo era um negócio. Você sentia um negócio, uma adrenalina, você tinha medo de sair, entende?".
Eduardo Costa exaltou o presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, a quem classificou como um homem de credibilidade e de responsabilidade.
"Eu quero voltar a ir ao campo, quando acabar a pandemia, eu quero voltar a ser o cruzeirense, não o chato, mas o cruzeirense de frequentar a arquibancada. E sabe o que que eu faço? Eu vou para o campo com o rádio. É bom para caramba. Eu adoro isso. Acho que o Cruzeiro está passando por uma fase difícil, mas vai se recuperar. O nosso presidente é um cara excelente, de grande responsabilidade, de credibilidade, acho que ele vai tirar o Cruzeiro desta situação, o Cruzeiro merece", destacou.
Willian - o Cruzeiro pagou R$ 9.229.057,22, já com acréscimo de impostos, além de multa e custos da Fifa, no montante de R$ 328.107,03. O clube devia ao Zorya FC, da Ucrânia, parte dos valores da contratação fechada em julho de 2014. - foto: Ramon Lisboa/EM D.A PressPaulo Bento - o valor liquidado, com inserção dos juros, foi de R$ 454.358,75, somado a R$ 58.333,69 de multa e custas do processo. O técnico português e seus auxiliares cobravam valores da rescisão contratual fechada em julho de 2016. - foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A. PressRamón Ábila - o Cruzeiro pagou ao centroavante argentino R$ 716.729,09, além de R$ 29,166,85 de multa na Fifa. O acordo foi anunciado em 16 de outubro de 2020. - foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A. PressCaicedo - o Cruzeiro se comprometeu a pagar ao Independiente del Valle, do Equador, 18 parcelas de 132 mil dólares (R$ 704 mil) pela contratação do zagueiro equatoriano. A quantia total é de US$ 2,376 milhões (R$ 12,6 milhões). - foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A. PressPedro Rocha - o Cruzeiro pagou mais de R$ 3 milhões pela contratação do atacante que pertence ao Spartak Moscou e atualmente está emprestado ao Flamengo. Dentro dessas cifras constam a dívida com o clube russo, imposto de renda e custas processuais na Fifa. - foto: Ramon Lisboa/EM D.A PressRafael Sobis - o Cruzeiro fez acordo para pagar cerca de R$ 17 milhões ao Tigres, do México, pela aquisição fechada em junho de 2016. Mais de 90% da dívida foi honrada em 10 de julho. - foto: Igor Sales/CruzeiroGonzalo Latorre - o Cruzeiro pagou R$ 18,5 milhões ao Atenas, do Uruguai, em 8 de maio de 2019. O detalhe é que o atacante de 24 anos jamais atuou pela equipe principal da Raposa. Ele foi contratado como "contrapeso" à negociação pelo meia Arrascaeta, em janeiro de 2015. - foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro
Eduardo Costa disse que é importante ver Atlético e Cruzeiro fortes para frear o ímpeto dos clubes de São Paulo e Rio de Janeiro.
"Nós precisamos dessa briga (sadia entre Atlético e Cruzeiro), porque Minas perde o valor. Os cariocas e paulistas têm um monte de times. Eles já se acham superiores e com isso ficam muito mais. Então falta isso, Cruzeiro e Atlético têm que estar no mesmo patamar porque são clubes campeões".
Saudosismo
O cantor ainda falou com saudades do antigo Mineirão. "Existe em você um saudosismo do Mineirão velho, você lembra daquele tropeiro, a atmosfera era diferente, está muito bonito hoje, muito legal, mas eu não sei. Ir ao campo hoje não é mais a mesma coisa, independentemente de o Cruzeiro hoje estar no patamar que está", frisou.
O sertanejo revelou que assistiu ao jogo com o maior público da história do estádio. "Eu estava naquele jogo Cruzeiro e Villa Nova, que deu 127 mil pessoas [na verdade, foram 132 mil pessoas], maior público da história do Mineirão, sei que tem um saudosismo, concordo que tem que mudar, as coisas não podem ficar como estão".