Cruzeiro: diretor diz que Cacá 'está amadurecendo' e se surpreende com ação

O diretor de futebol do Cruzeiro, André Mazzuco, comentou a polêmica envolvendo o zagueiro Cacá, que processou o clube após ser vendido ao Tokushima Vortis, do Japão. O jogador cobra dois meses de salários atrasados (dezembro de 2020 e janeiro de 2021), falta de recolhimento de FGTS, verbas rescisórias e multas por atraso, totalizando a ação no valor de R$ 594.347,69.

Em relação ao imbróglio, Mazzuco afirma que o clube foi surpreendido pela reação e ressalta que Cacá ‘está em processo de amadurecimento’. “Acho que o Cacá é um menino, cria do Cruzeiro, bom menino, mas como todo menino, está em um processo de amadurecimento e isso vale também para essas questões. O que precisamos é sempre primar pela verdade. Isso é uma premissa nossa, do Cruzeiro, de transparência, para não deixar nada no ar porque se não gera esse tipo de dúvida desnecessária”, disse o diretor em entrevista ao Canal do Nicola, no YouTube.

O diretor celeste também explicou como foi o processo de saída do jogador. “Foi simples, foi uma venda. Não havia apenas o atleta envolvido, tinham as pessoas que o representam. Mesmo dentro de uma realidade do Cruzeiro, e isso o próprio atleta era ciente, o clube tentou equalizar aquilo que tinha como débito e isso foi feito.”

Mesmo com a surpresa em relação à forma como zagueiro reagiu, Mazzuco desejou sucesso na carreira de Cacá. “Fizemos a venda, foi importante para o clube e para o Cacá. Ele está indo para um segundo passo da carreira no Japão, que é um país extremamente profissional. Acho que isso vai ajudar muito ele no amadurecimento e no desenvolvimento. Só temos que desejar sorte, porque é uma cria do Cruzeiro, e queremos mais que eles tenham sucesso, vençam e cumpram seu papel”, concluiu.

A polêmica começou no dia 1º de abril, quando Cacá criticou a diretoria do Cruzeiro pelo descumprimento de um acordo para pagamento de salários atrasados em seu Instagram. No mesmo dia, a Raposa respondeu o jogador, alegando que repassou ao atleta remunerações pendentes e uma fatia da venda dos direitos econômicos ao Tokushima, e admitiu a existência de um débito com Cacá com vencimentos no dia 2 de abril, na ordem de R$251.443,04.

No dia seguinte, o zagueiro voltou a se manifestar nas redes sociais, dizendo que o clube não cumpriu o acordo para pagar verbas rescisórias no valor de R$251.443,04 e afirmou que os R$205.000,00, divulgado pela diretoria, referem-se a remunerações de outubro e novembro de 2020 - ou seja, anterior ao documento assinado no dia 17 de fevereiro de 2021. 

Após acusações de ambos os lados, o atleta acionou o clube na justiça no dia 7 de abril. A audiência entre as partes está marcada para o dia 27 deste mês.