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Série B terá limite em troca de técnicos; Cruzeiro mudou três vezes em 2020

Em 2021, clubes poderão contratar no máximo dois profissionais

Redação
Enderson Moreira, Ney Franco e Luiz Felipe Scolari dirigiram o time celeste na Série B de 2020 - Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro
Assim como na Série A do Brasileirão, a Série B terá limite de troca de técnicos em 2021. A decisão foi tomada nesta quinta-feira em votação dos clubes na Confederação Brasileira de Futebol.


Ficou definido na reunião que cada participante da competição poderá contratar no máximo dois profissionais ao longo da disputa entre 28 de maio e 27 de novembro. A regra é semelhante para os treinadores, limitados a trabalhar em até duas agremiações.

Caso um clube decida desligar o segundo comandante, obrigatoriamente terá de promover um funcionário que esteja há pelo menos seis meses a serviço da instituição (exemplo: um auxiliar ou um integrante das categorias de base).

Já o treinador que pedir demissão duas vezes estará impossibilitado de acertar com um terceiro time na Série B - mas poderá, por exemplo, aceitar proposta de outra divisão do Brasileiro (Série A, C ou D).


“A decisão dos clubes da Série B é mais uma demonstração de maturidade do nosso futebol. Era um desejo da CBF há alguns anos e ficamos satisfeitos que ela seja implantada simultaneamente nas duas principais divisões do Brasileirão”, comentou o presidente da CBF, Rogério Caboclo.

“Assim como na Série A, a medida vai permitir a realização de trabalhos mais estruturados por parte dos treinadores e uma maior estabilidade técnica e financeira para os clubes. O futebol brasileiro está unido na direção da renovação e do desenvolvimento”, acrescentou.

Cruzeiro contratou três técnicos na Série B 2020


Se a norma tivesse sido implantada em 2020, o Cruzeiro ficaria impedido de buscar Luiz Felipe Scolari, uma vez que dispensou Enderson Moreira e Ney Franco em razão dos maus resultados no turno da Série B (cinco vitórias, três empates e sete derrotas).



Felipão teve papel importante para evitar a queda à Série C. Ele conduziu a Raposa do 19º lugar (13 pontos), na 16ª rodada, ao 12º, na 37ª (48 pontos). Foram nove vitórias, oito empates e quatro derrotas em 21 jogos (55,55% de aproveitamento).

Nos compromissos sem Scolari, o time celeste contou com o auxiliar Célio Lúcio à beira de campo. Em fevereiro de 2021, o ex-zagueiro virou coordenador de transição, ao passo que Juliano Belletti, ex-diretor de negócios internacionais, assumiu o cargo de assistente fixo da comissão.

Em 2021, a direção apostou em Felipe Conceição para levar o clube de volta à elite do Brasileirão. O treinador de 41 anos se destacou em 2019, quando tirou o América da lanterna da Série B, na 10ª rodada (6 pontos), e chegou à 38ª dependendo apenas de si para subir à primeira divisão (61 pontos).



O acesso que poderia consagrar Conceição escapou com a derrota por 2 a 1 diante do já rebaixado São Bento, no Independência. O Atlético-GO ficou em quarto lugar, com 62 pontos, após empatar por 0 a 0 com o Sport.

Até o momento, Felipe Conceição não conseguiu fazer do Cruzeiro um time intenso e de constante busca pelo ataque. São duas vitórias, dois empates e duas derrotas em seis jogos, com 44,44% de aproveitamento.