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Cruzeiro: Justiça determina que Dedé passe por perícia médica

Zagueiro precisará entregar documento em até 20 dias

Redação
Dedé precisará passar por perícia médica - Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro O juiz Fábio Gonzaga de Carvalho, da 48ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte, determinou, nesta sexta-feira, que o zagueiro Dedé, do Cruzeiro, passe por uma perícia médica. 



A decisão é parte do processo em que o defensor cobra R$ 35,2 milhões dos mineiros - por salários em atraso, verbas rescisórias, FGTS, 13º, entre outros direitos (veja lista completa ao fim da reportagem). 

No início do mês, o desembargador Paulo Maurício Ribeiro Pires, do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª região, suspendeu a liminar que rompia o vínculo contratual do zagueiro Dedé com o Cruzeiro. Ele alegou que a decisão anterior não se justificava, uma vez que o defensor não tem condições no momento de exercer seu trabalho, pois ainda se recupera de uma lesão no joelho.

Dedé, então, apresentou novo documento, dias depois, em que o médico que o operou garante que ele pode, sim, voltar a atuar. Assim, o magistrado definiu, nesta sexta, que o zagueiro deverá passar por perícia do médico Fernando Antônio Pereira da Silva. O defensor terá 20 dias para apresentar a declaração.



Liminar


No dia 22 de fevereiro, o zagueiro Dedé conseguiu na Justiça uma liminar para rescindir o contrato com o Cruzeiro, que tem validade até o fim de 2021. Com a decisão - emitida pela 48ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte -, o defensor de 32 anos ficava livre para firmar um vínculo com outro clube.

Antes, em 28 de janeiro, o jogador não conseguiu o mandado de segurança solicitado e ainda foi condenado a arcar com as custas do processo, no valor de R$ 277.813,33, calculadas sobre R$ 13.890.666,70 atribuídos à causa - considerando a soma de verbas rescisórias (R$3.390.666,66) e cláusula compensatória (R$10.500.000,00). Na petição inicial, datada de 4 de janeiro, o atleta pleiteava R$ 35.258.058,64.

O juiz Paulo Pires, responsável pela decisão, ainda lamentou o argumento dos representantes legais de Dedé, que afirmaram que o jogador estaria submetido a “permanecer como um escravo” no Cruzeiro por não receber salários há vários meses. 



Conforme o magistrado, a remuneração de R$ 750.000,00 foi paga ao reclamante ao menos de maneira parcial ao longo dos anos. Além disso, ele citou “o crítico momento socioeconômico por que passa a esmagadora maioria da população brasileira”, na luta para receber “salário mínimo de R$1.100,00” em meio à pandemia de COVID-19 que “vem assolando o mundo”.

Valores que Dedé cobra do Cruzeiro

Salários em atraso - R$ 13.782.000,00

Verbas rescisórias
- R$ 3.390.666,66

Cláusula compensatória
- R$10.500.000,00

FGTS
- R$704.400,00

Reflexos incidentes sobre o 13º salário
- R$1.032.000,00

Reflexos incidentes sobre 1/3 de férias
- R$ 1.045.333,32

Reflexos incidentes sobre FGTS
- R$ 1.053.658,66



Indenização por danos morais
- R$ 3.750.000,00