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Cruzeiro projeta faturamento de R$50 milhões com sócio e patrocínio em 2021

Números foram revelados por Matheus Gonzaga, diretor de negócios do clube

Bruno Furtado Rafael Arruda Tiago Mattar
Cruzeiro espera faturar R$50 milhões com sócio e patrocínio em 2021 - Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro
O Cruzeiro projeta um faturamento de R$50 milhões com sócio e patrocínios em 2021. Os números que já constam na previsão orçamentária desta temporada foram revelados ao Superesportes pelo diretor de negócios e inteligência do clube, Matheus Gonzaga.



Para o Sócio 5 Estrelas, a expectativa é que a arrecadação seja de R$16 milhões, sem considerar o retorno do público ao estádio em meio à pandemia de covid-19 no Brasil. Atualmente, o clube tem cerca de 43 mil associados em cinco categorias com mensalidades de R$1.000,00 (Diamante), R$159,90 (Platina), R$99,90 (Ouro), R$69,90 (Prata) e R$23,90 (Bronze).

“O Cruzeiro pela primeira vez tem um orçamento definido para trabalho em todas as áreas. A estimativa de receitas de sócios este ano é em torno de R$16 milhões. Nossa expectativa é que cresça entre 25 e 30% em receitas, não necessariamente em número de sócios”, disse Matheus Gonzaga.

“Sabemos que culturalmente no futebol se acompanha não necessariamente o melhor indicador. Há muitos indicadores que a gente diz que é o indicador da vaidade. Tem 100 mil sócios, mas 100 mil sócios de R$4,90, 80 mil sócios de R$9,90. A gente sempre acompanha o indicador de receitas, que é publicado no nosso balanço. Em 2020 fechamos próximos dos R$12 milhões. No ano de 2021 a expectativa é crescer um pouco essa receita que é tão fundamental para a gente”, complementou.



O diretor se mostrou animado com a chance de o Cruzeiro assegurar um valor superior à média histórica do sócio - segundo ele, de R$12,5 milhões - mesmo atravessando uma fase difícil no futebol com a permanência na Série B do Campeonato Brasileiro.

“O formato como vem essa receita é saudável para qualquer fluxo de caixa, pois vem com previsibilidade. Historicamente, o Cruzeiro faturou mais de R$200 milhões desde quando foi criado o programa, no fim de 2004. Dá uma média de R$12,5 milhões por ano. Se for parar para pensar que o clube vive uma situação desportiva nova e inédita, temos conseguido manter nossas receitas e fazer avanços importantes no sócio-torcedor”.

Matheus Gonzaga é diretor de negócios e inteligência do clube - Foto: Divulgação/Cruzeiro

Quanto aos patrocinadores, o Cruzeiro tem o Supermercados BH como principal parceiro, além do frigorífico Saudali, o clube de descontos Cartão de Todos, a empresa de proteção veicular Auto Truck, o banco Digimais, a operadora Premium Saúde, o site de apostas esportivas Galera.bet e a cerveja Brahma. Por outro lado, a Raposa rescindiu com a Bem Protege e não renovou com a Multimarcas Consórcios e a construtora Emccamp.


“A gente vai publicar o nosso balanço referente ao ano de 2020 e vocês vão ver o número de fechamento que o Cruzeiro alcançou. Mas a nossa receita de patrocínios prevista para 2021 em planejamento financeiro é de R$34 a R$35 milhões. Deve ser o recorde, se a gente alcançar. Quem trabalha com venda, tem plano A e plano B. Mas nosso objetivo é, obviamente, o plano A. Acreditamos que o clube tem possibilidade de arrecadar isso e estamos focados nisso”, declarou Matheus Gonzaga.


De acordo com o diretor de negócios, o cálculo dos R$35 milhões já considera a crise do coronavírus no Brasil. “A gente não está prevendo outras receitas comerciais que impactam nisso. Dentro de uma proposta de patrocínio você geralmente negocia ingresso, camarote, etc., e tudo isso não consta”.

“Por isso falo que a gente trabalha com muita criatividade e com projetos que levam em conta o resultado do cliente no momento da pandemia. Se ele não pode, eu não posso. Se ele não compra, eu não vendo. Qual a dor dele nesse momento e como eu posso ajudá-lo? Temos propriedades e projetos digitais feitos de maneira criativa e que nos suportam bastante”, concluiu.


Se conseguir cumprir a meta de R$50 milhões com patrocínio e sócio, o Cruzeiro amenizará o baixo índice de cota de televisão ocasionado pela presença na Série B. Nos nove primeiros meses de 2020 foram apurados R$21,6 milhões, número bastante inferior ao do mesmo período de 2019, em que o time disputava a Série A - R$76,9 milhões. O montante também engloba as cotas do Campeonato Mineiro.

Acompanhe a íntegra da entrevista com Matheus Gonzaga: