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CRUZEIRO

Dirigente diz que é preciso trabalhar para o Goiás não 'virar um Cruzeiro'

Presidente do Conselho Deliberativo do Goiás teme que o clube se desorganize como ocorreu com a Raposa

Redação
Hailé Pinheiro não quer ver o Goiás no mesmo caminho do Cruzeiro - Foto: Divulgação / Goiás
O Cruzeiro viveu nos últimos anos administrações que afundaram o clube em dívidas e se tornou exemplo negativo para o futebol brasileiro. Em entrevista ao jornal 'O Popular', o presidente do Conselho Deliberativo do Goiás, Hailé Pinheiro, disse que é preciso trabalhar para não chegar ao nível que atingiu a Raposa.


“O rebaixamento é ruim demais, mas o Goiás não vai acabar. O que precisamos é trabalhar para não deixar o Goiás virar um Cruzeiro. Se acontecer, vai acabar com tudo”, disse o dirigente do Goiás.

O Cruzeiro tem dívidas que somam R$ 1 bilhão. Nos últimos anos, a Raposa não conseguiu trabalhar com vencimentos em dia, devendo até funcionários que recebem um salário mínimo. Os jogadores precisaram ajudar essas pessoas a não passarem necessidade.

O momento difícil administrativamente influencia o time em campo, que terminou na modesta 11ª posição da Série B, com 49 pontos. O clube celeste será o único dos grandes a disputar a Segunda Divisão por duas vezes seguidas - o Fluminense jogou a Série B em 1998 e a Terceira Divisão em 1999.


No ano passado, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou três ex-dirigentes do Cruzeiro – o ex-presidente Wagner Pires de Sá, o ex-vice-presidente-executivo Itair Machado e o ex-diretor-geral Sérgio Nonato - por crimes de lavagem de dinheiro, apropriação indébita, falsidade ideológica e formação de organização criminosa.

Também foram denunciados à Justiça um ex-assessor de futebol do clube, três empresários, um ex-presidente do Ipatinga e o pai de um atleta das categorias de base do Cruzeiro.

De acordo com o MPMG, o prejuízo das ações irregulares do grupo ao Cruzeiro, decorrente somente dos crimes de apropriação indébita e lavagem de dinheiro, é de cerca de R$ 6,5 milhões.

Além da condenação dos investigados, o MPMG pede que seja fixada indenização à Raposa do prejuízo causado e, a título de dano moral coletivo, dano à imagem do clube, com o pagamento correspondente a 100% do prejuízo efetivamente causado (R$ 6,5 milhões).